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terça-feira, 26 de julho de 2011

O HOMEM BORRACHA


Este título não se refere ao filme de um super-herói. Pelo menos não na figura clássica que conhecemos com capa e escudo no peito. Depois que os extraterrestre ganharam corpos, rostos e movimentos, houve a perfeita integração entre desenho animado e cenários e atores reais e ainda os dinossauros foram recriados com total perfeição, parecia que os efeitos especiais já haviam proporcionado o máximo que podiam ao cinema. Porém, em 1994, uma comédia trouxe mais novidades na área além de fazer despontar um astro do humor e ser a porta de entrada para uma linda mulher brilhar no cenário cinematográfico. O Máskara trouxe certo frescor ao surrado campo do humor tanto com seu visual quanto com seu elenco. Jim Carrey viu da noite para o dia sua conta bancária transbordar ao encarnar um sujeito amalucado e com rosto esverdeado. Aproveitando seu talento para fazer as platéias rirem e suas maleáveis expressões corporais e faciais, o diretor Charles Russell criou o personagem especialmente para o ator, este que na realidade faz praticamente dois papéis no longa. Ele aparece muito atrapalhado e tímido vivendo o bancário Stanley Ipikiss, um rapaz muito bonzinho, mas que está sempre se dando mal. Quando ele encontra por acaso uma antiga máscara e resolve usá-la algo inusitado ocorre. Ele se transforma no Máskara, um tipo de super-herói brincalhão que literalmente sempre tem um truque nas mangas para se safar de situações de perigo e dar uma lição em quem merece. Ele entra em uma enrascada ao flertar com a cantora e dançarina Tina Carlyle (Cameron Diaz) que é namorada do gângster Dorian Tyrrell (Peter Greene), este que, além de não perder sua garota, também quer usufruir dos poderes da tal máscara.

Baseado em uma história em quadrinhos, até então nunca uma comédia havia utilizados efeitos especiais tão avançados. O que havia de mais moderno nessa área foi empregado para transformar Carrey em um sujeito que realmente passa a impressão de ser de borracha. Para tanto, o ator passava cerca de cinco horas diárias sendo maquiado de forma que todas as partes móveis de seu rosto fossem destacadas e aí a computação entrava em cena para complementar o serviço, já que grande parte das cenas projetadas o próprio intérprete se encarregou de fazer aproveitando-se de sua elasticidade. Durante as filmagens diversos programas de computador foram criados para auxiliar na confecção das cenas que só foram totalmente finalizadas na pós-produção. Grande parte do tempo, o protagonista teve que exercitar sua imaginação, o que para ele é facílimo, para conseguir visualizar as trucagens que seriam inseridas. O resultado é uma deliciosa produção que mistura vários estilos, desde ação até filmes noir, mas na qual a comédia predomina, claro que com toques de desenho animado. Com um ritmo ágil e alucinante, O Máskara parece uma metralhadora que dispara dezenas de piadas e citações por minuto. A cena em destaque é apenas uma das mil e umas que o personagem principal apronta. Para muitos, a sequência dele com seus olhos e língua saindo do rosto é a marca registrada do filme, mas é certo que cada vez que o Máskara entra em cena uma marcante imagem está para surgir.

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