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domingo, 3 de julho de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - UM SONHO POSSÍVEL

Primeiro domingo de férias. Aproveite o dia para reunir a família e assistir a um agradável filme. A dica é Um Sonho Possível (2009), o filme que deu finalmente um Oscar à Sandra Bullock, uma das atrizes mais queridas de Hollywood. A produção é um drama leve do tipo que traz boas mensagens ao público. O viés do enredo é tratar do tema adoção, mas de uma forma diferente das que estamos acostumados. O diretor John Lee Hancock não quis se arriscar e seguiu à risca a cartilha que rege os grandes filmes com tom edificante para atingir o emocional de quem assiste e se baseou na história real contada no livro "The Blind Side: Evolution of a Game". Porém, ganha crédito ao evitar transformar seu longa em um produto triste e lacrimejante, armadilha muitas vezes difícil de escapar. Apesar de o protagonista ter sofrido muita na infância, como é indicado por sua conduta e aspecto físico, somos poupados de cenas de violência em flashback.

A história nos apresenta a Michael Oher (Aaron Quinton), mais conhecido como Big Mike, filho de uma mãe viciada em drogas e que sempre levou uma vida miserável. Ele não sabe muito sobre suas raízes, pois viveu praticamente toda a sua existência nas ruas. Falta amor familiar para ajudá-lo a seguir em frente e a ter ambições na vida. O rapaz é negro, obeso e se sente rejeitado pela sociedade. Cresceu sem nunca encontrar acolhimento de verdade em um lar. Os vários traumas de sua infância o transformaram na pessoa que é hoje, fingindo ser indiferente as situações que o cerca e em diversos momentos aparentar ter algum tipo de deficiência mental. Isso é um mecanismo de defesa comum que algumas pessoas usam para evitar se machucarem, como se quisessem ficar invisíveis aos olhos dos outros. A vida do rapaz começa a mudar quando seu pai adotivo (um dos vários que já teve) decide matriculá-lo em uma escola particular cristã. Mesmo sem um bom currículo escolar, ele é admitido por causa de sua habilidade para os esportes, principalmente o futebol americano, o que poderia render prestígio ao colégio nas competições. Nesse ambiente, Mike encontra os Tuohy, o exemplo de uma família americana exemplar. Leigh Anne (Sandra Bullock) é uma mulher rica e exagerada, mas leva uma vida regida por valores cristãos e tem boa índole, assim como seu marido, Sean (Tim McGraw), um ex-jogador de basquete que após largar a profissão passou a se dedicar ao ramo da culinária. Os dois levam uma rotina confortável ao lado dos filhos, a adolescente Collins (Lily Collins) e o esperto S.J. (Jae Head).


Ao encontrar Mike sozinho na rua em uma noite fria, Leigh decide ajudá-lo e o leva para casa. Aos poucos, o rapaz acaba sendo inserido nesse núcleo familiar e passa a usufruir de coisas tanto materiais quanto emocionais que jamais imaginou pode ter um dia. Os Tuohy o acolhem, acreditam em seu potencial para os esportes e passam a incentivá-lo. Assim, ele pode finalmente sonhar com a possibilidade de ter um bom estudo, crescer na vida e o futebol americano será essencial para essas mudanças significativas em sua vida. Claro que nem tudo são flores.  A força que move todo esse processo de superação é da mãe adotiva, que não deixa seu filho de coração desistir e enfrenta os desafios necessários para agregar o garoto em uma sociedade injusta e para tanto não se importa em bater de frente com viciados ou os treinadores do time.

O filme tem um enredo bem simples e chegou aos cinemas sem grandes expectativas, mas agrega diversas qualidades que as pessoas admiram. O amor oferecido sem expectativas de receber algo em troca e a superação através do esporte são alguns temas que mexem profundamente com o emocional de grande faixa do público. Há quem diga que o roteiro é muito romanceado e derrapa em diversas partes consideradas um tanto exageradas, como as constantes atitudes de carinho e compreensão da família com o filho adotivo, mas nada que atrapalhe a apreciação do enredo, até porque, segundo dizem, os personagens reais que inspiraram a história seriam de uma bondade espantosa, algo raro nos dias de hoje entre os clãs mais bem servidos financeiramente falando.


A produção ganhou muito mais publicidade com os tantos prêmios que a atriz Sandra Bullock ganhou, mas talvez seja justamente o seu roteiro simples e direto o segredo do sucesso. A história trata de adoção, mas sem os clichês rotineiros. Ao invés de uma criança branquinha e de olhos claros, o adotado no caso é um adolescente negro e fora do peso ideal. Ele não sofre pressões dos novos irmãos a ponto de querer ir embora de casa, pelo contrário, é bem recebido por todos. E nem é feita uma adoção cheia de burocracias. Simplesmente ele é acolhido por uma bondosa família, vai ficando na casa e aos poucos vai usufruindo uma vida que jamais imaginava que um dia teria. Literalmente se transforma em um filho de coração. Um Sonho Possível é uma boa opção para ver com toda a família e tirar boas lições de esperança e solidariedade.

3 comentários:

Marcos Rosa disse...

Realmente, um ótimo filme que nos dá boas lições de solidariedade. felizmente exemplos como e4ste não existem só nos filmes.

___
http://algunsfilmes.blogspot.com/

Clenio disse...

Sinceramente acho esse filme uma das coisas mais intragáveis já produzidas por Hollywood. Acho esquemático ao extremo, repleto de clichês e com uma atuação sofrível de Sandra Bullock, que só ganhou o Oscar por ser uma atriz rentável e popular.
Quando assisti no cinema tinha vontade de ir embora, e só não fui porque nunca desisto de um filme antes do final.

Abraços
Clênio
www.lennysmind.blogspot.com
www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com

renatocinema disse...

Bom filme. Não sou fã da atriz. Mas, aqui ela cumpre bem seu trabalho e representa bem seu personagem.

Bela lição de vida.

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