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sábado, 31 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO?

Hoje é o último dia do ano. Vamos ter o sorteio especial da mega-sena e mesmo quem não faturar a bolada em dinheiro não desiste do sonho de ficar rico. Entra ano e sai ano e muita gente continua com suas simpatias e rituais em busca de ajuda do universo para conseguir uma vida financeira confortável. Bem, já que a maioria tem esse desejo, a dica é fechar o ano assistindo Quem Quer Ser Um Milionário?, elogiada e premiada produção americana que mostrou ao mundo uma Índia realista, pobre, repleta de problemas, mas ainda assim com uma população esperançosa. Curiosamente, na mesma época em que foi lançado, no Brasil curtíamos a novela "Caminho das Índias", assim pudemos comparar duas visões distintas. Uma mostrava o núcleo rico ou de vida mais confortável do povo indiano enquanto a outra apresentava o cotidiano do povão pela ótica do eclético cineasta inglês Danny Boyle. Até mais interessante que a própria obra é a sua trajetória desde a concepção até o clímax, a festa do Oscar. A sugestão de hoje não é só pelo fato de ter dinheiro no meio da história, mas principalmente pela mensagem de otimismo e reflexiva que o filme nos deixa.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - CHICAGO

Os musicais nos últimos anos têm conseguido reencontrar seu público e conquistar novas platéias. Tivemos desde a recepção morna da adaptação cinematográfica da peça Os Produtores até a overdose mundial que se tornou Mamma Mia. O gênero estava há décadas estagnado e sem muita apreciação por parte dos espectadores comuns e críticos, mas Hollywood nunca o esqueceu. Muitos espetáculos que aliavam perfeitamente dramaturgia, dança e cantoria bombavam nos palcos mundo a fora e chamavam as atenções de produtores que desejavam levar toda aquela magia para as telonas, mas faltava alguém se arriscar primeiro para em seguida outros apostarem as fichas. Assim, um ano após os diversos prêmios e a excelente bilheteria mundial de Moulin Rouge, chegava diretamente da Broadway para as telonas, com muito fôlego e brilho, Chicago (2002), um divertido musical que veio para vingar uma grande injustiça feita ao seu antecessor. O Oscar praticamente ignorou a produção do diretor Baz Luhrmann que deu um novo fôlego ao gênero, mas teve que se redimir no ano seguinte premiando este filme regado a muito jazz do estreante na direção de cinema Rob Marshall com seis estatuetas, inclusive a de Melhor Filme. 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE

Um mundo a parte muito colorido, onde há muita diversão, novidades a cada canto que se olhe e o melhor é que praticamente tudo é comestível e bem docinho. Para completar, o anfitrião é uma figura excêntrica que usa roupas extravagantes e parece não querer crescer. Se fosse algumas décadas atrás essa descrição caberia perfeitamente para a propaganda de um programa da Xuxa. Também não estamos falando do mundo encantado em que o clássico personagem Peter Pan vive. Esse é o cenário com o qual o ator Gene Wilder conquistou milhões de crianças no mundo todo na década de 1970 sob a batuta de Mel Stuart. A idéia ganhou cores mais fortes e chamativas, além de efeitos especiais e uma trama com mais elementos pelas mãos do diretor Tim Burton comandando novamente Johnny Depp, o seu ator predileto. A refilmagem de A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005), baseado no livro homônimo do britânico Road Dahl, é uma deliciosa aventura com boas doses de humor que uniu mais uma vez dois dos maiores nomes do cinema, aliás, a produção é a cara deles. Curiosamente, mesmo com uma legião de fãs do original e muitos outros fanáticos pelos trabalhos do cineasta e do protagonista, a readaptação de um clássico para a era moderna não agradou completamente.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - SINAIS

Estamos em um período em que falamos muito a respeito de fé e esperança e certamente todos já ouvimos dizer que quando deixamos de acreditar no poder da religião abrimos as portas para as forças ocultas atuarem. Se colocar em discussão esse tema era a proposta de Sinais (2002), as intenções ficaram perdidas pelo caminho. O assunto que se destaca realmente é a possível presença de extraterrestres em nosso planeta baseando-se em eventos misteriosos amplamente divulgados pela mídia e vendidos como realidade na década de 1970. A má recepção que esta produção teve foi mais uma injustiça feita a M. Night Shymalan, que infelizmente vive com a fama de diretor de um filme só. Até hoje ele é assombrado por seu grande sucesso O Sexto Sentido e viu seus trabalhos seguintes serem massacrados pela crítica e não escapou nem das chibatadas do público. Será que realmente ele perdeu a mão ou os espectadores é que estão exigindo demais de um homem que praticamente começou a carreira já surpreendendo? A segunda hipótese é a mais correta, pelo menos verificando seus três longas que surgiram após ele conquistar o mundo com certo garotinho que via espíritos.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - O TEMPERO DA VIDA

Hoje em dia, felizmente, o acesso as produções estrangeiras está mais fácil e comum. São várias as distribuidoras que investem em um segmento que dificilmente gera lucros de encher os olhos, mas ter tais títulos no catálogo traz prestígio a empresa e certamente atende a demanda de um nicho especial de público. Essas produções são muito procuradas em lojas e locadoras por agradar a platéias mais intelectuais, estas que geralmente repudiam a pirataria virtual ou de rua e se interessam em assistir até mais de uma vez uma obra a fim de absorver o máximo que puderem de conteúdo. A grande disponibilidade de estrangeiros em DVD acaba fazendo também com que outros espectadores elevem seu padrão cultural e se engana quem acha que tudo que não é americano é cabeça demais. A prova disso é Tempero da Vida (2005), um agradável drama resultado de uma co-produção entre a Grécia e a Turquia que além de nos presentear com belas paisagens também nos oferece imagens deliciosas que enchem nossos olhos e boca de vontade. Não se podia esperar algo diferente a julgar pelo apetitoso título.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - PEQUENA MISS SUNSHINE

O Natal já passou e agora muita gente coloca o pé na estrada para passar o réveillon na praia ou no campo. A data é muito comemorada entre turmas de amigos que programam o ano inteiro a tão sonhada viagem, mas muita gente prefere se reunir com a família. Bem, estrada e reunião de parentes, além de uma Kombi antiga e amarela, são as marcas registradas de Pequena Miss Sunshine (2006) uma agradável comédia vencedora, entre diversos prêmios, do Oscar de Melhor Roteiro Original e o de Melhor Ator Coadjuvante. Com uma idéia simples, humor afiado, elenco competente e uma cativante garotinha, o longa foi um dos independentes mais aclamados por público e crítica dos últimos tempos e conquistou uma bilheteria invejável, algo raro de acontecer com produções feitas sem o respaldo financeiro de grandes estúdios. Todavia, o longa foi adquirido por uma grande companhia que apostou nas indicações boca-a-boca após esta produção ter agitado o Festival de Sundance. Mas será que esta comédia merece tantos louros e elogios?

domingo, 25 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - SURPRESAS DO AMOR

Hoje é dia de Natal. Para alguns, dia de alegria e para outros de tristeza, mas também pode ser de dor de cabeça. Quem ainda não fez a famosa visitinha de fim de ano aos parentes e amigos hoje pode ser a data limite. Para aqueles que não curtem esse clima natalino, mas mesmo assim é obrigado a comemorar a data, Surpresas do Amor (2008) é uma divertida história que vem a calhar. Comédia romântica disfarçada, o longa não foge do esquema previsível do gênero, mas coloca em cena um casal curioso. A diferença de estatura entre Reese Witherspoon e Vince Vaugh é gritante e explorada em algumas peças publicitárias produzidas para este filme com os dois de costas um para o outro, mas ela montada em saltos bem altos e ainda em cima de algumas malas. O que poderia ser um entrave para a escalação da dupla acabou servindo para chamar a atenção, porém, certamente o que contou mais foi o fato de ele ser um especialista em humor mais popular e ela ser perfeita para dar ares românticos a uma relação amorosa iniciada de forma atípica ou forjada.

sábado, 24 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - O EXPRESSO POLAR

Como se costuma dizer nas propagandas da televisão, hoje vai ter a noite mais mágica do ano. Para praticamente todos no mundo inteiro realmente a noite de hoje é muito aguardada e carrega um clima único de alegria, fraternidade e lúdico. Para as crianças, o entusiasmo é ainda maior. De madrugada, Papai Noel vai passar na casa de cada uma delas e deixar um belo presente embaixo da árvore enfeitada. Bem, essa historinha hoje já não cola mais, apenas os bem pequeninhos ainda caem nessa, mas o que seria do Natal se o que há de mais tradicional na data não fosse passado adiante as novas gerações? Até para os adultos a festa não teria o mesmo sentido se não fosse essa volta as memórias de infância e resgate de tradições. Pensando em agradar a estes dois públicos e exaltar o espírito natalino e a figura do bom velhinho, o diretor Robert Zemeckis teve a grande idéia de realizar O Expresso Polar (2004), uma bela fábula em animação especial.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - OS DELÍRIOS DE CONSUMO DE BECKY BLOOM

Falta apenas um dia para a grande festa de Natal e ser iniciada a troca de presentes, mas, como acontece em todos os anos, certamente tem gente que deixou para fazer as compras na última hora. Hoje vale tudo. Na pressa compra-se qualquer coisa para não deixar o amigo ou parente a ver navios e pagamos o que for. Os vendedores para se livrarem das mercadorias também fazem qualquer negócio. Fugir de filas, confusão e estresse é quase impossível. Para acompanhar o clima de hoje a dica é assistir as confusões de uma "shopaholic", ou seja, uma consumista compulsiva. Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (2008) é uma hilária comédia romântica que nos apresenta, ainda que bem superficialmente o sentido dramático da coisa, os conflitos que passam diariamente aqueles que não resistem a uma comprinha toda vez que se sentem atraídos por uma vitrine bem arrumada ou um cartaz de liquidação. Apesar de a moda estar presente em praticamente todas as cenas, felizmente somos poupados de discursos insossos a respeito de grifes famosas e de cenas de desfiles de roupas.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - O SOM DO CORAÇÃO

Todo o fim de ano é inevitável sentirmos algumas vezes, principalmente perto das datas festivas, uma certa melancolia e tristeza. É normal já que estamos mais propícios a lembrar do passado, da família e dos amigos. Dessa forma fica quase impossível não recorrermos aos filmes com temáticas parecidas para manter o clima de emoção. Nos últimos anos surgiram vários títulos que são fortes candidatos a se tornarem clássicos para serem assistidos nesta época. O Som do Coração (2007) pode ser um deles. Apreciado pelo público, mas rejeitado pela maioria dos críticos por acharem uma história repleta de clichês e desnecessária, o longa era um dos cavaleiros solitários do Oscar 2008 que saiu vitorioso. Concorrendo apenas ao prêmio de Melhor Canção, a produção não levou a estatueta, mas consagrou-se como a obra de maior e melhor repercussão entre os espectadores comuns daquela safra e até hoje é procurado em locadoras e para venda. Ele faz parte de um seleto grupo de filmes que todos os anos lança pelo menos um expoente que chega tímido às premiações, mas surpreende e se torna tão ou mais famoso que os grandes vencedores da temporada.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - A FUGA DAS GALINHAS

Faltam poucos dias para a realização da ceia natalina e um dos pratos mais consumidos nesta época do ano são aves. Repudiadas no réveillon por causa da superstição que não se pode comer animais que ciscam para trás na virada do ano, pelo menos na festa do Papai Noel elas são muito apreciadas. Enfeitadas com frutas, acompanhadas de farofa ou simplesmente assadas, as galinhas ou outras espécies derivadas são protagonistas na mesa, mas também podem ser apreciadas em longa-metragem. Não por acaso, A Fuga das Galinhas estreou no Brasil bem na véspera do Natal e se tornou um estrondoso sucesso rapidamente graças a seu roteiro inteligente e animação em stop-motion de primeira. Só de pensar que cada franguinha é um boneco feito de forma artesanal e animado quadro-a-quadro, já podemos considerar uma produção merecedora de elogios. A técnica que parecia aposentada ganhou fôlego e acabou criando uma identidade para o longa.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - LONGE DELA

Estamos a poucos dias do Natal e o espírito de solidariedade, alegria e união já está tomando conta dos lares em todo mundo, mas junto com ele é inevitável que certa melancolia e sentimento de saudades também pairem em nossas vidas. Esse assunto envolvendo problemas sentimentais é tocado em Longe Dela (2007), um sensível drama sobre o mal de Alzheimer, doença que acomete muitos idosos e atualmente tem atingindo até pessoas na casa do cinquenta anos. A pessoa aos poucos começa a esquecer uma panela no fogo ou onde deixou um casaco, mas logo passa a não se lembrar onde vive, qual época do ano está vivendo e chega até mesmo a esquecer de seus parentes, inclusive com quem morava. Assim, esta é uma obra que desde a concepção da idéia já nasceu com potencial para se tornar um filme inesquecível e com valiosos ensinamentos. Uma obra esclarecedora e importante para ontem, hoje e amanhã.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - VESTIDA PARA CASAR

Comédias românticas são sempre repetecos de velhas fórmulas e você já sabe como tudo vai acabar. Um casal que briga o tempo todo, mas no final fica junto. Ou então dois pombinhos muito apaixonados que acabam se estranhando devido a entrada de uma terceira pessoa em suas vidas, porém, o amor fala mais alto nos últimos minutos. Uma ou outra variação como uma criança no meio da relação ou a convivência com os familiares podem entornar o caldo, mas o happy end está garantido. É difícil fugir destes conflitos neste gênero, mas com um pouco de imaginação dá até para surpreender de leve. Vestida Para Casar (2008) consegue servir o bom e velho bolo de casamento de sempre, com um recheio que contém um ou outro ingrediente diferenciado, mas causa surpresa na hora de adicionar o casal de noivinhos no topo. Bem, com essa brincadeira e assistindo os quinze minutos iniciais já dá para matar a charada de como essa festa vai acabar. Porém, como se diz, o melhor da festa é esperar por ela e nisso o roteiro capricha com boas sequências.
 

domingo, 18 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - JULIE E JULIA

Domingo é dia de reunir a família para um bom almoço ou café da tarde e como estamos a uma semana do Natal os preparativos culinários para a ceia já devem estar sendo encaminhados. Para ajudar no cardápio a dica de hoje é assistir Julie e Julia (2009), um delicioso filme em que a cozinha é o cenário principal e os alimentos são importantes coadjuvantes. Não é um dramalhão, mas também não provoca gargalhadas. Se existissem categorias como "filme gostoso" ou "filme agradável" certamente esta obra da diretora Nora Ephron, especialista em histórias açucaradas, ocuparia uma vaga nelas. Talvez justamente por não ter um gênero bem definido a produção não recebeu muito apoio do público e a crítica também não se derreteu de amores. Simplesmente, o roteiro é praticamente todo apoiado na interpretação excepcional, para variar, de Meryl Streep e por causa dela o longa teve certa visibilidade, do contrário poderia ser um projeto fadado ao esquecimento, apesar do bom viés adotado para contar uma história verídica.

sábado, 17 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - KING KONG

Sabadão é dia de diversão e a maioria das pessoas tem bastante tempo para se dedicar a atividades de lazer. Por isso a dica de hoje é um filme que muitos, por incrível que pareça, não assistiram ainda justamente por causa da duração de três horas. Se a desculpa é tempo, hoje não tem desculpa para não assistir King Kong (2005), reinvenção do grande clássico dos anos 30 que já teve um remake surrado pela crítica cerca de quatro décadas depois. A recente reinvenção da história do gigantesco primata foi aguardada com muita expectativa, fez bastante dinheiro, colheu prêmios por sua parte técnica, mas não escapou de críticas negativas, principalmente dos especializados na área que procuraram as mínimas falhas para destilar seus venenos em jornais, revistas e sites. O que eles esperavam? Um drama existencialista e cheio de mensagens subliminares em uma obra cujo protagonista é um grande animal selvagem? Para aqueles que na época concordaram com os críticos, vale a pena ver mais uma vez, mas com olhar de espectador de fim de semana. Assim é possível entender o sentido desta aventura milionária ter sido feita e encontrar alguns aspectos interessantes que soam como homenagens.

INDICADOS AO GLOBO DE OURO 2012


A edição 2012 do Globo de Ouro já tem seus indicados. Antigamente considerado um termômetro para o Oscar, ultimamente boa parte de suas apostas não se confirmam na aguardada noite da festa da Academia de Cinema. Cada vez mais quem vence no primeiro acaba tendo que se contentar com a indicação no segundo ou as vezes nem isso, salvo alguns anos como em 2011 quando praticamente todos os premiados em janeiro pelos correspondentes estrangeiros receberam a tão cobiçada estatueta dourada do mundo do cinema no mês seguinte.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - AS BICICLETAS DE BELLEVILLE

Antigamente desenho animado era sinônimo de Hanna-Barbera. Animações feitas para cinema automaticamente lembravam Disney. Os estúdios e produtoras que se arriscavam no mercado infantil ou procuravam fazer filmes live action, disputando uma brechinha para exibição nas salas de cinemas, ou até faziam desenhos para abastecer o mercado de locações e vendas diretas ao consumidor. Nesse cenário restrito, achar uma animação que não fosse americana era uma tarefa muito difícil e os adultos se divertiam com os produtos destinados as crianças, alguns, diga-se de passagem, estritamente feitos para esse público, mas os tempos mudaram. Hoje muitos exploram esse nicho e as premiações têm ajudado a divulgar os trabalhos dos artistas do mundo todo, permitindo inclusive o contato de um público maior com produções animadas destinadas a adultos. Algumas pegam pesado na linguagem, no visual e nas provocações, mas outras ainda conseguem chamar a atenção de crianças crescidinhas, apesar de o enfoque ser agradar a seus pais. Esse é o caso de As Bicicletas de Belleville (2003), uma obra que no mínimo podemos considerar atípica.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - À PROCURA DA FELICIDADE

É tempo de aflorar o espírito solidário. Época de estender a mão ao próximo e ajudá-lo no que for preciso. Período perfeito para assistir um filminho com mensagens que elevam nosso espírito e auto-estima e aqueçam ainda mais a vontade de acreditar que o próximo ano será melhor. A dica de hoje, apesar de ser repleta de clichês, é uma ótima pedida para reforçar estes objetivos. À Procura da Felicidade (2006) é o típico filme conto de fadas, mas sem princesas ou bruxas. Aqui vemos um homem comum tentando sobreviver em uma sociedade canibalista em que a cada dia precisamos vencer uma batalha. E olha que a história se passa na década de 1980, detalhe que acaba passando despercebido já que o mundo em que o protagonista vive basicamente continua o mesmo ou está até pior. Por ser baseado em uma história real vitoriosa, embora com alguns fatos tristes ampliados, a dramaticidade extrema do texto acaba se revelando como um atrativo para as platéias que fogem do gênero, ainda mais por ser interpretado por um dos atores mais populares de Hollywood, Will Smith, merecidamente indicado a vários prêmios, incluindo o Oscar.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - ABAIXO O AMOR

Os anos 60 deixaram saudades para muitas pessoas. Reviravoltas políticas, conflitos a favor de atos libertários, a moda peculiar, as canções que faziam críticas de forma escamoteada, artistas sendo banidos de seu país natal... Epa! Essa é uma visão muito nacional e nada a ver com a dica de hoje. A sugestão desta quarta-feira é relembrar o lado romântico dessa década visto pela ótica hollywoodiana deliciosamente exagerada. A palavra vintage costumava ser usada para se referir as melhores safras de vinho de determinado tipo ou região, mas passou a ser sinônimo de coisas que simbolizam um certo período. Assim a palavra vintage é transcrita em forma visual a cada segundo de Abaixo o Amor (2003), uma comédia romântica que mostra um momento importante para o movimento feminista ao mesmo tempo em que tenta jogar por água abaixo a teoria de que as mulheres podem viver sem os homens. O diretor Peyton Reed foi habilidoso para construir uma trama inteligente e divertida que agrada a ambos os sexos.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - DIREITO DE AMAR

Nesta terça-feira a dica é mais uma vez conferir o talentoso ator Colin Firth em cena. Um ano antes de conquistar diversos prêmios com O Discurso do Rei, ele já havia chegado bem perto de diversos troféus pelo seu papel de professor homossexual que sofre com a perda do companheiro em Direito de Amar (2009). Esse é o primeiro trabalho atrás das câmeras do estilista Tom Ford, uma estréia sem inovações e com alguns pequenos tropeços no ritmo, mas muito competente. Intimista e difícil devido ao tema, tudo aqui é tratado com um sentimentalismo ímpar explicitado logo no início nos pensamentos proferidos pelo protagonista. Baseado no livro semi-autobiográfico do escritor Christopher Isherwood, a obra tem uma narrativa arrastada na qual a fotografia esplêndida tem grande importância, além de contar com uma trilha sonora escolhida a dedo.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - CLICK

O dia-a-dia pode ser um tanto estressante devido aos compromissos profissionais e com a família. Quem nunca imaginou poder se livrar dos problemas mesmo que por alguns minutos todos os dias ou então por controlar o tempo e as pessoas de acordo com sua vontade? A solução poderia estar na ponta dos dedos. Basta um simples toque em um controle remoto para calar ou congelar pessoas, voltar no tempo ou avançar para o futuro, enfim, uma infinidade de coisas poderia ser feita com esse aparelho para tornar o seu dia o mais agradável possível. Em cima dessa fantasia é que se apóia comédia Click, uma agradável produção que não promete mais que diversão, mas olhando um pouco atentamente pode se tornar uma lição sobre o que fazemos com o nosso tempo. Não dá para simplesmente viver no passado. Querer chegar rapidamente ao futuro também pode não ser um bom negócio. O jeito é viver o máximo que puder e da melhor forma possível o presente.

domingo, 11 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - CARTAS PARA JULIETA

Neste domingo a dica é viajar através do cinema para a ensolarada, romântica e pitoresca cidade de Verona, na Itália, palco da famosa história de Romeu e Julieta. Não por acaso o nome da protagonista da famosa obra de William Shakespeare também está contido no título da sugestão. Cartas Para Julieta (2010) é um romance com altas doses de açúcar, um belíssimo cenário, um clima bucólico inquestionável e um roteiro bem convencional e previsível, ou seja, a fórmula perfeita para encantar os eternamente apaixonados e principalmente o público feminino, mas também certeiro para irritar os críticos especializados. Claro que quando uma produção se propõe a inovar e consegue fazer isso com sucesso é motivo para festejar e elogiar, porém, não se pode condenar e detonar um trabalho que assumidamente é repleto de clichês e oferece o prato feito convencional, afinal de contas o longa provavelmente nunca teve as intenções de oferecer mais do que isso. Talvez se houvesse um fim trágico como no conto citado do escritor europeu este trabalho tivesse um respeito maior.

sábado, 10 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - EM BUSCA DA TERRA DO NUNCA

Muitos contos clássicos infantis já ganharam tantas versões cinematográficas, teatrais, televisivas e até mesmo em livros que hoje fica difícil saber quais são as verdadeiras e isso também aguça a curiosidade para saber qual o fundamento delas. A dica de hoje é uma emocionante história inspirada em fatos reais que consegue fazer o espectador soltar a sua imaginação ao mesmo tempo em que se mantém na realidade. Esse jogo de mesclar fantasia e vida real é perfeito para Em Busca da Terra do Nunca (2004), uma obra com potencial para agradar e emocionar pessoas de todas as idades. O título foi um dos mais cotados das premiações daquela época, mas sua sensibilidade e criatividade não foram suficientes para derrotar a onda de reconhecimento à obras com conteúdos mais fortes e realistas que imperava. Uma pena. Se fosse produzido anos antes poderia ter sido super premiado, pois agrega todos os ingredientes necessários para levar o público às lágrimas e a sonhar, além de contar com uma parte técnica de primeira. Um prato cheio para as festas do Oscar de antigamente.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - ÁGUA PARA ELEFANTES

O mundo circense desperta boas lembranças aos mais velhos, pois era uma das poucas opções de lazer para muita gente no passado, mas hoje em dia essa magia está em crise. Em meio a tanta tecnologia e bugigangas para o lazer, a simplicidade de um palhaço e o colorido de uma tenda já não chamam mais a atenção como outrora. Ainda bem que o cinema está aí para lembrar o quanto um circo pode ser encantador e divertido, mas nos bastidores da atração o clima festivo é quase nulo e são diversas as histórias tristes, mas a maioria esconde as lágrimas por trás de um sorriso. A dica de hoje é justamente um conto de amor que tinha tudo para acabar mal, mas como um bom romance tradicionalista já se pode esperar o final. Água Para Elefantes (2011) é baseado no best seller homônimo de Sara Gruen, e tem como cenário a crise econômica que assolava os EUA na década de 30. Em tempos de incertezas, jogar tudo para o alto em nome do amor era uma loucura, mas ainda assim havia pessoas dispostas a isso.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN

Cinema europeu é chato e cabeça demais. Tal afirmação é muito comum, mas quem concorda com ela precisa rever seus conceitos e se abrir a novas experiências. A dica desta quinta-feira é um título apreciado e elogiado por muitos, mas considerado desinteressante e cansativo por tantos outros, mas será que essas pessoas realmente assistiram O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001)? Com certeza o fato de ser uma produção francesa barra uma grande parcela dos espectadores que devem estar impregnados da idéia de que o cinema francês é contemplativo e com foco em histórias dramáticas ou muito romanceadas. Bem realmente, estas são características da produção cinematográfica local, mas sempre é possível encontrar algo diferenciado. A sugestão de hoje nem precisa fazer muito esforço para achar já que foi um título muito premiado e chegou na festa do Oscar com pinta de campeã, mas acabou levando um banho de água fria perdendo suas cinco indicações. Porém, a análise de resultados finais tanto de críticas quanto de bilheterias resultou em um banho do melhor champagne francês. Assistido na época por cerca de vinte milhões de pessoas, até o hoje esta obra é uma das mais procuradas em locadoras e se tornou um marco cinematográfico devido a sua estética e ritmo atípicos para a filmografia de um país cuja marca registrada são as longas sequências focadas em olhares e gestos.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - BELEZA AMERICANA


Já que ontem foi dia de falar de um dos títulos mais comentados da temporada de premiações do ano 2000, ficou um pouco irresistível hoje não lembrar do grande campeão da maioria dos prêmios daquele ano, inclusive o Oscar. Beleza Americana (1999) é o primeiro trabalho do cineasta Sam Mendes que logo de cara abocanhou a tão sonhada estatueta dourada que muitos diretores veteranos faleceram desejando. Para tanto, ele não teve medo e trabalhou com um roteiro adulto que destrói a imagem da família feliz e modelo americana. O clã em crise enfocado vive em uma casa bonita, confortável e com um jardim vistoso com direito a cerquinhas brancas. Seus vizinhos são tão sorridentes quanto eles próprios. Uma vida de sonhos e tranquila que muitos gostariam de ter, porém, dentro da residência o clima é outro. Insatisfação, brigas, desejos reprimidos e mágoas se misturam e habitam o aparente lar modelo de felicidade.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - REGRAS DA VIDA

Todos os anos alguns filmes conseguem uma participação significativa na temporada de premiações e mesmo não abocanhando o prêmio de melhor filme, conseguem escrever seus nomes na história do cinema, mas é uma pena que o tempo faz com que eles fiquem vivos apenas na memória dos cinéfilos. Ainda bem que quase sempre é possível resgatar essas obras do passado e apresentá-las a novos espectadores. Nesta terça-feira, a dica é assistir ao belíssimo drama Regras da Vida (1999), uma produção de época caprichada que era uma das favoritas a levar o Oscar em sua época com sete indicações. Não ganhou o prêmio máximo, mas levou outras duas importantes estatuetas: ator coadjuvante (Michael Caine) e roteiro adaptado. O veterano intérprete também foi agraciado pela Associação Norte-Americana dos Atores de Cinema, mais conhecido como Screen Actors Guild), e o texto foi premiado pela Associação Nacional dos Críticos dos EUA.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - MINHAS MÃES E MEU PAI

Para iniciar esta primeira semana de férias, para quem estudou e passou de ano direto, a dica é assistir a uma agradável mistura de comédia e drama que conquistou a crítica e provoca boas risadas e até emociona, apesar do tema não agradar a todo mundo. Minhas Mães e Meu Pai (2010) foi um dos títulos mais comentados da temporada de prêmios deste ano. Divertido, inteligente, com um toque de sensualidade em algumas partes e ainda nos fazendo refletir sobre a importância da família, por mais diferente que ela seja. Este trabalho da diretora Lisa Cholodenko ganhou projeção quando foi vencedor do Globo de Ouro, premiação que separa em algumas categorias os filmes de comédia dos de drama. Como humor no cinema geralmente é sinônimo de filmes pastelões, encontrar uma obra do tipo com um bom roteiro e que trata de um tema delicado com muita sutileza é uma raridade e quando surge é laureado. Assim, quando recebeu quatro indicações ao Oscar, a obra gerou muita expectativa, mas realmente é até fraquinho para estar na lista dos cinco ou dez melhores títulos do ano passado, mas é inegável a coragem da cineasta em levar aos cinemas uma história sobre lésbicas tentando levar uma vida comum, como um casal hétero e ainda mais com dois filhos adolescentes a tira-colo. Assistindo sem pensar em prêmios, o longa pode ser visto sob outro prisma e revelar seu valor.

domingo, 4 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - O DISCURSO DO REI

Neste primeiro domingo de férias a dica é assistir o grande vencedor do Oscar deste ano, O Discurso do Rei (2010), um título que, para variar, não era o favorito da temporada, mas se tornou a zebra da história.  Com doze indicações ao prêmio máximo do cinema, vencendo em quatro delas, e acumulando outros tantos troféus em diversas festas, o longa fez sua fama pouco a pouco e acabou atropelando outras excelentes produções. Digamos que este trabalho é o que teria mais a cara de premiável por ser uma produção de época, o que já lhe garantiria algumas estatuetas pela parte técnica e visual. Curiosamente, justamente estes atributos não chamaram a atenção e os votantes miraram nas categorias principais para laureá-lo. Apesar de não trazer inovações, a obra é correta e apresenta com elegância e competência o que se propõe, mas é de surpreender a quantidade de prêmios de melhor filme, direção e roteiro que colheu.

sábado, 3 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - A ÓRFÃ

Primeiro sábado de férias e nada melhor que curtir um bom filme de terror a noite. A dica de hoje pode soar estranha quando resumida em poucas palavras. Garota órfã é adotada por um casal que já tem outros dois filhos e sua aparente doçura aos poucos abre espaço para o comportamento de uma assassina impiedosa e estrategista. Muita gente ao receber estas poucas informações sobre A Órfã (2009) deve ter torcido o nariz e desprezado o filme, seja por achar um enredo que beira o ridículo ou por ser contra a participação de crianças em produções que podem causar danos psicológicos a elas. Bem, realmente este segundo motivo é relevante e esvazia a primeira alternativa. O longa contém cenas fortes de violência, mutilação, incesto e tortura psicológica, algo que deve deixar de cabelos em pés quem defenda a moral, os bons costumes e a preservação da família. É difícil não imaginar como reagiu a mente dos atores mirins e quais os motivos que convenceram seus pais a permitirem suas participações em algo tão pesado. Não que essa fosse a primeira que a vez que menores de idade atuam em fitas assustadoras, mas aqui eles não estão presentes simplesmente para gritarem ou fazerem caras de sustos de algo que supostamente estão vendo ou que foi filmada a parte sem a presença deles, pelo contrário, eles participam ativamente das sequências fortes e a tal garota má em certo momento até se insinua para o pai adotivo.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

FESTIVAL DE FÉRIAS - O REI LEÃO

Hoje é o primeiro dia de férias para muita gente e para começar muito bem este período longo de diversão e descanso a dica é rever ou assistir pela primeira vez um título que gerou certa repercussão em 2011 mesmo sendo uma produção lançada há quase duas décadas. Trata-se de O Rei Leão (1994), um dos longas metragens de animação mais bem sucedidos de todos os tempos. Representou o ápice de um momento glorioso dos estúdios Disney que nos anos seguintes não acertou o passo com seus projetos de cinema ou pelo menos eles não corresponderam as expectativas. O estúdio sempre gostou de dar lugar de destaque aos animais, mesmo que eles não falassem uma única palavra. Assim, já tivemos em cena elefantes, ratinhos, gatos, cachorros, ursos, aves entre tantas outras espécies. Até quando eles são coadjuvantes acabam roubando a cena. No caso da história de um leãozinho enfrentando as dificuldades para viver sem a família, protagonista e personagens secundários conseguiram emocionar e divertir milhões de pessoas no mundo todo tão bem quanto atores de carne e osso. Crianças e adultos sorriem praticamente durante toda a duração do filme, mas o enredo também reserva espaço para temas mais difíceis como a morte, a inveja, a ganância e a perversidade, mas, felizmente, o bem sempre vence e somos presenteados com um final encorajador e conformador.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

FERNANDA TORRES AFINADA COM O CINEMA


Ela é filha de um casal que é uma referência quando o assunto são as artes dramáticas. Dedica-se pouco a televisão e ao teatro, mas se entrega ao cinema participando de diversas produções experimentais ou dedicadas a um público mais seleto, mas também já conseguiu se destacar em comédias bem do estilo que o povão gosta. Por essas palavras, podíamos muito bem estar falando de alguma atriz americana, mas esta descrição é sobre Fernanda Torres, uma das atrizes mais respeitadas do Brasil. 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ESQUECERAM DE... INSTITUTO DE BELEZA VÊNUS


O cinema francês infelizmente não goza de um grande prestígio no Brasil. Até mesmo entre os que gostam de produções do circuito alternativo existem aqueles que teimam na idéia de que os filmes da França são chatos, arrastados e na maioria das vezes não chega a lugar algum. Porém, existem exceções. Uma pena que elas ganhem títulos que para muitos se tornam piada. Os estrangeiros tem a tradição de batizar suas obras cinematográficas com uma única palavra enigmática ou então capricham na escolha de elementos que aparentemente não refletem a idéia do longa. E o que dizer de um título que realmente tem a ver com o enredo, mas que pode soar como piada? É o que acontece com Instituto de Beleza Vênus (1998), uma elogiada produção feita sob medida para agradar ao público feminino que obviamente ficou restrita a um público restrito. Para os habituados a filmes mais cults o título é excepcional, mas para o povão nem precisa dizer que ele cai na gargalhada logo comparando a nome de salão de cabeleireiro de esquina.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

JOGOS MACABROS E LUCRATIVOS


 
Dois estranhos, interpretados pelos desconhecidos Cary Elwes e Leigh Whannell, este último também é responsável pelo roteiro, despertando dentro de um banheiro imundo e cheio de sangue. Ambos acorrentados e sem a menor idéia de onde estão e do que aconteceu. Entre eles existe um cadáver e para saírem de lá descobrem que a automutilação é o caminho e que os dois não poderiam ficar vivos. Esta cena não é o ápice de Jogos Mortais, pelo contrário, é só a primeira sequência torturante entre tantas outras que virão a seguir. O impacto desta introdução felizmente é mantido durante todo o longa-metragem construído em cima de uma história macabra e insana que foi produzido em 2004 com o intuito de saciar a sede de sangue dos adeptos dos filmes de terror que não aguentavam mais o catchup expelido por adolescentes bobocas sendo massacrados por sádicos mascarados. O roteiro tem como proposta mostrar até que ponto um indivíduo pode chegar para garantir sua sobrevivência, mas não espere um material para uma tese. Quem comanda os tais jogos mortais é o assassino Jigsaw, vivido por Tobin Bell. Seu nome significa enigma. Ele é chamado assim por causa de uma cicatriz em forma de quebra-cabeças que ele deixa na pele de suas vítimas, assim obrigando-as a cometerem verdadeiras atrocidades não só nos corpos dos outros, mas também em seus próprios. Na mente psicótica desse criminoso, a tortura é a melhor forma de fazer uma pessoa compreender o valor da vida. Se ela consegue escapar da armadilha que ele monta, ela é uma vitoriosa e começa a ver as coisas com outros olhos ou, em outras palavras, fica tão cheia de ódio dentro de si que passa a perpetuar a onda de violência. No elenco, o único nome mais famoso é o de Danny Glover escalado para viver o tenente que conduz as investigações e que acaba criando uma obsessão enlouquecida para encontrar o assassino. O espectador acompanha a história ora em tempo real, ora em flashback, roendo as unhas de tanta tensão graças a eficiente direção de James Wan que capricha nos takes escatológicos e para captar o sofrimento dos torturados. Apesar de toda a inovação na narrativa e no visual, o longa não escapa do clichê do criminoso mascarado, mas ainda assim surpreende. Ele conduz seus jogos através de uma televisão e aparece como um sinistro boneco com voz disfarçada.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ROBIN WILLIAMS, UM ATOR QUASE PERFEITO


Ele é um dos atores mais populares do cinema americano. Tem em seu currículo grandes sucessos de bilheteria, personagens marcantes e é muito conhecido pelos papéis cômicos, apesar de sempre ter buscado seu espaço em outros gêneros, muitas vezes com êxito. Também pode ser considerado o grande responsável pela valorização da dublagem, atividade praticamente ignorada por muitos. Robin Williams sem dúvida construiu uma carreira brilhante, mesmo ingressando no mundo cinematográfico quando já era adulto. Se na frente das câmeras ele demonstra entusiasmo e ser bem sucedido, atrás delas as coisas não são bem assim. O ator já passou por problemas graves ligados a vícios e hoje agradece aos céus por estar vivo e ainda lembrado por público, crítica, diretores e produtores.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ESQUECERAM DE... A RODA DA FORTUNA

Os famosos irmãos Coen desde os primeiros passos no mundo do cinema nunca passaram despercebidos, tendo o apoio da crítica quase que integralmente. Há anos suas obras são consideradas cults e as várias passagens por premiações acabaram ampliando e diversificando seu público. Eles não saem de moda e seus nomes se tornaram grifes que chamam a atenção dos espectadores, estes que cada vez mais querem conhecer mais a fundo o currículo deles. Curiosamente, um título muito elogiado da dupla hoje em dia é praticamente desconhecido, apesar de ter sido lançado em DVD, mas atualmente ele está fora de catálogo. Na realidade, A Roda da Fortuna (1994) não fez o sucesso esperado, mas tem filmes que só com o passar do tempo consegue mostrar seu valor.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

UM DISFARCE PRA LÁ DE PERFEITO


Esta simpática senhora da foto era o sonho de qualquer família na década de 1990. Prendada, organizada, exímia cozinheira, rígida e defensora dos bons costumes, esta babá também sabia recompensar os pequenos com alguns momentos de lazer inusitados, como passeios de bicicletas e jogos de futebol. Ela é uma mistura da funcionária exemplar com a rebeldia e alegria espontânea de um homem disposto a tudo para poder ficar perto dos filhos. Esta figura acabou se tornando uma das personagens mais famosas do cinema e uma das mais significativas no extenso currículo do ator Robin Williams que virou ídolo do público infantil com a comédia Uma Babá Quase Perfeita, um clássico das sessões da tarde lançado em 1993. Dirigida por Chris Columbus, especialista em obras açucaradas e com apelo para as crianças, a história começa com um casal se desentendendo pela enésima vez. A gota d'água para Miranda, interpretada por Sally Field, foi ver sua casa ser transformada em uma bagunça total durante uma festa de aniversário promovida por seu marido, um ator desempregado que leva sua vida com muito bom humor e garante a diversão de seus três filhos. Com a separação, ele fica desesperado e ao descobrir que a ex procura alguém para cuidar das crianças não pensa duas vezes e arquiteta um plano para ficar junto delas. Após testar as vozes e perfis de algumas mulheres ele chega no modelo ideal: a senhora Doubtfire, uma idosa com um sotaque diferente proveniente da Irlanda, voz mansa, cara de anjo, mas que sabe impor a disciplina como ninguém. A partir de então o espectador acompanha as peripécias de um homem que nunca teve jeito para os afazeres da casa aprendendo na marra desde cuidar dos estudos dos rebentos até limpar a casa, se bem que na parte da comida recorrer as entregas de um restaurante é inevitável. 

sábado, 19 de novembro de 2011

MERYL STREEP É A ISCA DE A DAMA DE FERRO


Um pouco depois de finalizada a temporada de premiações aos trabalhos produzidos em 2010, um novo título já surgia prometendo ocupar vagas nas próximas festas. Trata-se de A Dama de Ferro, no qual Meryl Streep interpreta a ex-primeiro-ministra britânica Margaret Thatcher. O longa abordará o período da Guerra das Malvinas em que o Reino Unido, então comandado por ela, entrou em conflito com a Argentina. Dirigido por Phyllida Lloyd, de Mamma Mia!, o filme é uma das grandes apostas para a próxima temporada de prêmios do cinema. Aliás, o nome de Meryl parece já certo para concorrer na maioria delas. Caso a Academia de Cinema a indique ela então chegará a impressionante marca de 17 indicações. O filme estréia em dezembro nos EUA e deve chegar aqui em fevereiro.

A ERA DO GELO 4 PRIVILEGIA O BRASIL


A Fox Filmes sempre olha para o Brasil com bons olhos, até porque em seu departamento de animação existe o diretor Carlos Saldanha, que tem seu nome envolvido em projetos bem sucedidos como A Era do Gelo, Robôs e mais recentemente assinou a direção geral de Rio, produção ambientada na cidade maravilhosa e já tida como forte candidata a receber o Oscar de Melhor Animação. Talvez estas razões tenham levado os executivos do estúdio a resolverem lançar A Era do Gelo 4 primeiramente em solo americano. O quarto episódio da série de sucesso deve estrear aqui na ultima semana de junho de 2012, enquanto os americanos só irão ver após duas ou três semanas. Dirigida pela dupla Steve Martino e Mike Thurmeier, rsponsáveis respectivamente por Horton e o Mundo dos Quem e A Era do Gelo 3, a produção trará os amigos Manfred, Diego e Sid enfrentando o problema do degelo no planeta, assunto atual em defesa do meio ambiente. Ellie, Eddie, Crash e mais uma vez o neurótico esquilo Scrat completam a turma.

PICA-PAU EM TELA GRANDE


Depois de Scooby-Doo, Zé Colméia, Manda-Chuva e os Smurfs, todos desenhos clássicos ganharem suas versões de cinema com direito a mescla de animação e live action chegou a vez de mais um embracar nessa onde. Trata-se do Pica-Pau. As aventuras e confusões do irritante, mas ao mesmo tempo adorável pássaro de plumas azuis e vermelhas, estão em desenvolvimento pela Universal Pictures, também detentora dos direitos da série animada de televisão, e pela Illumination Entertainment, responsável pelo sucesso Meu Malvado Favorito. Não existe ainda um diretor escalado e nem roteiro, mas já é certo que o lançamento do longa-metragem pode abrir caminho para uma nova leva de desenhos do personagem que há décadas diverte pessoas no mundo todo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ANJELICA HUSTON E SEU TALENTO DE BERÇO


Ela vem de uma linhagem de pessoas ligadas ao cinema e as artes e não negou sua vocação. Com um extenso currículo, Anjelica Huston não começou a atuar simplesmente por comodismo, por ter encontrado as portas abertas para este mundo de sonhos de forma fácil. Ela realmente é talentosa e já teve grandes trabalhos feitos para as telonas e também para a televisão. Sua beleza exótica, muito explorada em seus tempos de modelo, a ajudou a eternizar sua imagem em papéis fortes e enérgicos. Para crianças e adolescentes que hoje são adultos, ela marcou esses períodos de suas vidas vivendo uma bruxa, uma mulher excêntrica e adepta de torturas e a famosa e malvada madrasta da Cinderela. Mas sua capacidade de atuar vai muito além da fantasia e ela também se adequa muito bem a personagens sérios e contemporâneos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ESQUECERAM DE... OS AMORES DE PICASSO

As histórias sobre artistas das mais diversas áreas sempre foram uma excelente fonte de inspiração para o cinema. A trajetória ou determinado período da vida de vários atores, diretores, músicos e cantores já chegaram as telas de cinema. Quando o destaque vai para artistas plásticos, tais produções ganham um charme a mais devido ao colorido das telas desses gênios da pintura. Assim, a vida artística e profissional de Frida Kahlo, Pollock, Rembrant, Caravaggio, Goya entre tantos outros ganharam suas versões em película carregando em seus títulos nomes de pesos que já se encarregam de atrair público, porém, muitas dessas obras inexplicavelmente estão fora do mercado, como é o caso de Os Amores de Picasso (1996), filme que acompanha dez anos conturbados da vida de um dos maiores representantes da arte cubista.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

UM ELEFANTE INCOMODA MUITA GENTE



Hoje em dia, as humilhações vividas por qualquer um em seu ambiente escolar, profissional, familiar ou até mesmo na rua estão no foco dos noticiários e debates em diversas instituições. Qualquer deslize ou algo diferente em seu aspecto físico pode virar alvo de chacota. Inicialmente pode até ser divertida a brincadeira, mas conforme ela se torna constante e ofensiva pode se transformar em um ato criminoso, o popular bullying, palavra estrangeira empregada para denominar tais práticas provenientes de pessoas sem o mínimo de respeito ao seu semelhante. Porém, o problema não é uma novidade do mundo moderno. Sem o título americano, esse inconveniente já ocorre há muitos anos, talvez desde os primórdios do homem na Terra, e é um conflito muito explorado pelo cinema, enfocando na maioria das vezes o público infantil, faixa etária em que a discriminação acontece em proporções assustadoras. Tal tema foi utilizado com sucesso na animação Dumbo, uma produção de Walt Disney lançada em 1941 e baseada na obra homônima de Helen Aberson e Harold Perl. Este é o quarto longa de animação do estúdio e é considerado um dos maiores clássicos do gênero de todos os tempos, tanto é que foi relançado em cinemas e em home vídeo diversas vezes, já que seu conteúdo é universal e atemporal. É impossível encontrar alguém que pelo menos uma vez na vida não se sentiu excluído. A história gira em torno de um elefantinho chamado Jumbo Jr. que, além de nascer com orelhas desproporcionais ao seu corpo, tem a fama de ser desengonçado, por isso ele recebeu o apelido de Dumbo, palavra que em inglês significa estúpido. Vivendo desde pequeno em um circo, ele sempre foi ridicularizado pelos outros elefantes que levavam a sério a frase da canção "um elefante incomoda muita gente", mas tudo por pura maldade. Dumbo só contava com o amor e carinho de sua mãe até que ele faz amizade com o prestativo ratinho Timóteo que vai ajudá-lo a enfrentar esses problemas e mostrar seu valor. Essa amizade é uma clara paródia ao medo que esses grandes mamíferos têm de roedores.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

VINCENT PRICE, O SENHOR TERROR


 
Quando estamos na época do Halloween, é comum os cinéfilos e curiosos recorrerem a títulos de terror do passado para festejarem e curtirem a data. Quando se fala neste tipo de produção existe um nome que automaticamente lembramos. Vicent Price foi um dos maiores atores que o cinema já teve e construiu uma carreira sólida e com uma extensa filmografia com quase cem títulos que perdurou praticamente até o seu falecimento em 25 de outubro de 1993, curiosamente data bem próxima a época em que seu nome vinha a tona junto com grandes clássicos do cinema de horror. Mas se engana quem acha que ele viveu para lidar com monstros e coisas do além. Participou também de grandes obras dramáticas e até teve como um de seus últimos trabalhos bem sucedidos a participação em um singelo filme para agradar a todo tipo de público, dos pequenos aos idosos.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ESQUECERAM DE... PÂNICO

Hoje a lembrança desta coluna vai para um título que não está esquecido na memória do público, pelo contrário, está muito vivo nas lembranças principalmente dos adolescentes, já teve algumas continuações e é considerado um marco cinematográfico de terror, mas inexplicavelmente está fora do mercado há alguns anos. Pânico (1996) é uma obra assinada pelo cineasta Wes Craven que na década de 1980 marcou seu nome na história do cinema ao criar um dos serial killers mais famosos do cinema, o Freddie Krueger, tirando o sono de muita gente com A Hora do Pesadelo. Desde então, uma série de outras produções semelhantes surgiram, inclusive muitas feitas especialmente para lançamento em vídeo aproveitando o boom das videolocadoras. Pouco depois de uma década da primeira carnificina praticada pelo cara das garras de metais e rosto desfigurado ter sido lançada, o mesmo diretor tratou de revitalizar um gênero que já estava saturado e descambando para produções trash que mais causavam risos que sustos. Sua nova incursão requentava a velha fórmula do grupo de jovens formado por atores praticamente desconhecidos fugindo de um sádico assassino, mas a forma de apresentar isso a um novo público foi diferenciada.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

LINDOS, TALENTOSOS E... SANGUINÁRIOS


Antes da metade da década de 1990, Tom Cruise já era uma estrela com nome e valor de mercado em alta. Já Brad Pitt estava em plena ascensão após uma sequência de filmes bem avaliados por público e crítica e já ameaçava tomar o posto de galã do cinema da época do então marido de Nicole Kidman. Colocar os dois juntos em um mesmo filme poderia significar uma união de sucesso ou uma verdadeira guerra entre egos inflados. A primeira opção venceu. Hoje, quase duas década depois, Entrevista Com o Vampiro, lançado em 1994, é um título de fama no mundo todo e considerado um clássico do terror com estilo próprio. Porém, se voltarmos ao período em que a produção foi iniciada até a sua estréia, podemos encontrar histórias de bastidores que bem desenvolvidas poderiam render um outro roteiro de cinema. A escritora Anne Rice vendeu os direitos de seu best-seller homônimo cerca de dezessete anos antes dele finalmente ganhar sua versão em celulóide. Nesse período, diversas tentativas de adaptá-lo fracassaram até que o cineasta Neil Jordan, colocou as mãos no projeto. Vivendo um período de glórias depois de ter causado frisson nas premiações dois anos antes com seu então inovador e ácido Traídos Pelo Desejo, parecia que finalmente a história polêmica e com teor homoerótico chegaria aos cinemas, mas a escalação do elenco foi problemática. Eram necessários atores com apelo junto ao público e com aspecto jovem principalmente para viver Lestat, papel de Cruise. A própria autora do livro repugnou publicamente a escalação do astro, este que sofria preconceito. Muito bonito e considerado um artista com talento limitado, duvidava-se que ele poderia dar vida a um personagem dúbio que flerta entre o herói e o vilão com total desenvoltura, mas com a ajuda do cineasta acostumado a desbravar fronteiras ainda desconhecidas, o ator surpreendeu com sua interpretação ora dramática e ora perversa, mas em ambos os casos impregnadas de sensualismo. Anne foi obrigada a dar o braço a torcer, se desculpar e assumir que gostou do que viu. 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ASSASSINOS À SOLTA NO HALLOWEEN


Hoje é 31 de outubro, dia de Halloween, ou o nosso popular Dia das Bruxas. Para quem não quer brincar de doce ou susto, curtir um filminho em casa é uma boa pedida. Para entrar no clima dos festejos existe uma infinidade de títulos de terror para agradar a todos os públicos. Tem suspenses leves, outros com muito sangue e violência, grandes produções, outras totalmente esquecíveis, clássicos do gênero, alguns sucessos instantâneos e por aí vai.

domingo, 30 de outubro de 2011

ALEGRIAS E TRISTEZAS DE UM PALHAÇO

Em meio ao bombardeio de inovações tecnológicas e efeitos especiais de última geração que chegam aos nossos cinemas semanalmente, não é de se espantar que um simples filme brasileiro perca espaço, fique timidamente escondido em uma pequena sala em um complexo de shopping ou na pior das hipóteses fique restrito ao circuito alternativo e de arte.  Ainda bem que existem apreciadores e realizadores para obras mais simplórias e com preocupação maior com o conteúdo, pessoas realmente apaixonadas pela sétima arte.  É isso que o ator e diretor Selton Mello prova com a sua segunda incursão cinematográfica atrás das câmeras. O Palhaço (2011) é uma produção relativamente simples, mas que conquista a atenção dos espectadores com seu visual colorido e história emocionante e extremamente simpática, contando com diversas citações para homenagear aqueles que já trouxeram muita alegria ao público, como o quarteto dos Trapalhões.

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