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domingo, 29 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - PROFESSORA SEM CLASSE

As férias estão chegando ao final. Nesta semana muitas pessoas voltam ao trabalho e os estudantes devem comparecer em peso às salas de aula de colégios e universidades. Rever os amigos é a parte boa da coisa, mas talvez reencontrar todos os professores não. Disciplina, atenção e estudo constante. São várias as cobranças dos educadores e para aliviar a tensão nada melhor que uma boa comédia que nos apresenta a professora dos sonhos. Ela não é surreal apenas por sua beleza e corpo esguio, mas também por sua incrível e duvidosa habilidade em lidar com os alunos. Este é o perfil da protagonista de Professora sem Classe (2011), uma comédia de humor negro que coloca no centro das atenções uma mulher que não é um exemplo de boa profissional e também deixa muito a desejar como pessoa. Todavia, seus métodos de ensino devem agradar em cheio aos alunos que gostam tanto de ficar de pernas pro ar quanto a própria educadora.

sábado, 28 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - VÔO NOTURNO

As férias estão acabando e muita gente deve estar retornando de viagem a bordo de um avião. Mesmo depois de tantos desastres reais e também fictícios para o cinema e TV ainda este é o meio de transporte mais procurado para viagens longas e o sonho de muitos continua ser fazer um passeio sobrevoando os mares e continentes acima das nuvens. Os produtores e estúdios já investem no filão dos acidentes aéreos há muitas décadas tendo sua primeira fase de sucesso nos anos 70 quando se tornaram populares os filmes-catástrofes, aqueles que arrasam cidades ou colocam pessoas em risco em ambientes ou situações das quais aparentemente não há saída. Após o fatídico 11 de setembro de 2001 os aviões voltaram a ser alvo da lente de cineastas amedrontando a tripulação com vilões terroristas. Vôo Noturno (2005) poderia ser mais um produto do tipo, mas ele surpreende positivamente, embora críticas contra não faltem. É um clichê requentado? Uma proposta boa desperdiçada em uma produção cheia de furos? Mesmo assim você fica roendo as unhas de tensão? Sim, sim e sim. Digamos que esta é uma opção de filme B com pedigree. Tem seus momentos incrédulos, mas funciona do início ao fim muito melhor que algumas superproduções.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - NAMORADOS PARA SEMPRE

No Brasil temos os mais variados tipos de clima o ano todo, mas, teoricamente, o inverno é o período em que o frio  predomina, época perfeita para ficar em casa embaixo das cobertas curtindo um bom filme. Algumas produções conseguem uma conexão com esse clima, ampliando os efeitos desse momento de relaxamento e Namorados Para Sempre (2010) é um bom exemplo. O longa não se caracteriza por uma paisagem gélida de neve ou uma chuva ou garoa constante, mas a sensação de frio que ele transmite se deve ao espírito de seus protagonistas e a melancolia predominante ao redor deles. Para quem gosta de histórias mais intimistas e sobre relações humanas este é um prato cheio e dos bons. Este é mais um exemplo de produção que participou timidamente das premiações, mas que se revela tão interessante quantos os títulos mais bombados da temporada de troféus de 2011.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - AOS TREZE

A adolescência é um período da vida no qual qualquer ser humano está cheio de dúvidas e anseios e encontrar o equilíbrio entre o resquício da inocência da infância e a maturidade forçada por uma sociedade cada vez mais irracional é quase impossível. Aos olhos dos pais e protegidos dentro de seu lar, em geral, os filhos são vistos de forma positiva, a criança que cresceu bem educada e feliz, até porque a maioria já sabe usar muito bem os truques de personalidade para persuadir. Porém, quando estão fora de casa as regras são outras e os jovens gradativamente são levados a seguir caminhos torpes e como estão na idade de se auto-afirmarem como pessoas fazer parte de um grupo bacana na escola ou no bairro torna-se uma necessidade primordial. Ser você mesmo é descartável, o importante é parecer com a turma que escolheu fazer parte, o que implica certamente em mudanças de visual e de comportamento chegando inclusive a atos de extrema crueldade contra semelhantes ou a si próprios. De anjinho da mamãe à garota pervertida e problemática, a protagonista de Aos Treze (2003) mostra de forma eficiente e econômica o processo desta transformação, embora o roteiro seja baseado em episódios clichês já vistos em outras produções que lidam com temas parecidos.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - ENCANTADA

Houve um tempo em que férias era sinônimo de Disney. Nesses períodos longos de descanso dos estudantes era tradição sempre ter uma bela animação do estúdio para virar a febre da temporada, mas o tempo passou e este calendário perdeu a serventia. Claro que ainda temos os desenhos feitos em parceria com a Pixar, mas mesmo com as críticas geralmente positivas tais produções aparentemente não causam o mesmo barulho da época de A Bela e a Fera ou Aladdin. Aliás, diga-se passagem, as animações computadorizadas lançadas após a junção das duas empresas já não são mais nenhuma unanimidade quando o assunto é diversão. Repetição de temas, personagens similares, visual sobrepondo-se à historia entre outras coisas tiraram totalmente a originalidade e o brilho deste tipo de animação, tanto que dá até saudades de curtir aquelas boas e velhas histórias de princesas. A Disney tentou voltar ao estilo com A Princesa e o Sapo e Enrolados, mas ironicamente o sucesso veio com um filme criado justamente para tirar um sarro de tudo aquilo que ajudou a criar o império do Sr. Walt Disney. Encantada (2007) surpreendeu o mundo com uma narrativa clássica, porém, totalmente diferente de algo que se espera do estúdio.

terça-feira, 24 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - SEMPRE AO SEU LADO

Ter estampado no material publicitário de um filme as palavras baseado em fatos reais já pode ser considerado meio caminho andado para o sucesso, principalmente se o longa em questão for um drama. É curioso o fato de uma nova vertente do gênero estar cada vez mais ganhando adeptos sendo que antes ela era relegada apenas ao público infantil. A relação de amizade entre um cão e um humano já foi um tema explorado em dezenas de produções do cinema e telefilmes, mas foi junto às crianças que atingiu seu ápice. Porém, após o estrondoso sucesso de Marley e Eu entre as platéias adultas, parece que Hollywood despertou para um novo filão a ser explorado. De forma mais madura e realista, alguns animais de estimação têm sido retratados em produções que não visam a gargalhada dos pequenos em busca de piadas de cachorrinhos falantes ou super enfeitados para deleite de suas donas. Basta apresentar o animal de forma digna e realista para conquistar a simpatia do espectador de qualquer idade e a prova esta em Sempre ao Seu Lado (2009).

segunda-feira, 23 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - AGENTE 86

Hollywood sempre manteve boas relações com os canais de televisão para assim conseguir tirar uma lasquinha dos sucessos que entretinham o público no aconchego do lar. Muitos seriados famosos ganharam suas versões em longa-metragem ainda na época em que eles estavam no ar ou pouco tempo depois de terminarem para assim aproveitar o calor do momento, mas o tempo tratou de reduzi-las a pó. Nos primeiros anos do século 21 a moda era apostar na nostalgia e resgatar a fama de séries antigas. S.W.A.T – Comando Especial e Miami Vice, por exemplo, não fizeram o barulho esperado, mas o primeiro filme de As Panteras foi um mega sucesso, até por conta do apelo junto ao público infanto-juvenil. A mesma situação beneficiou a boa aceitação de Agente 86 (2008), a adaptação da cultuada série de humor homônima criada por Mel Brooks e Buck Henry em 1965 e que durou cinco temporadas, sobrevivendo na memória dos espectadores de praticamente todo o mundo graças as suas incontáveis reprises. Até hoje existem canais que exibem as peripécias de Maxwell Smart, então vivido pelo ator Don Adams.

domingo, 22 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - ALGUÉM TEM QUE CEDER

A estrutura básica de uma comédia romântica é composta por um casal bonito e charmoso, uma ou duas pessoas que surgem para atrapalhar esse amor, muitos conflitos, fofocas e micos para encher linguiça e por fim o tão esperado beijo e a declaração de amor destes jovens apaixonados que ainda podem subir ao altar para fechar com chave de ouro este filme-clichê que tanto faz a alegria de milhares de espectadores que adoram sofrer com os personagens, mesmo sabendo que no fim o amor prevalecerá. Uma estrutura similar é a base de Alguém Tem Que Ceder (2003), produção que traz como grande diferencial o fato de ser protagonizada por duas pessoas maduras redescobrindo o prazer de viver através do amor. Na época os adolescentes e jovens com idades até cerca de 30 anos se viam representados nos cinemas por atores como Jennifer Anniston e Mark Ruffallo, mas a turma mais velha não se identificava com personagens se apaixonando pela primeira vez ou buscando o amadurecimento e a responsabilidade através do matrimônio afinal já passaram por tudo isso. Assim não é de se estranhar o sucesso com os espectadores cinquentões ou de mais idade que resultou o reencontro de Jack Nicholson e Diane Keaton quase vinte anos depois deles atuarem juntos pela primeira vez no filme Reds. 

sábado, 21 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - OS OUTROS

Um casarão localizado em uma região afastada onde seja dia ou noite a melancolia impera, uma névoa intensa trata de deixar o ambiente ainda mais angustiante e os sons provenientes do vento se chocando contra árvores e janelas podem deixar qualquer um com arrepios na espinha. Bem, esses são velhos clichês dos filmes de terror, porém, quando bem utilizados podem ainda funcionar muito bem ou superar expectativas. É numa ambientação assustadora dessas que o diretor Alejandro Amenábar realizou uma das melhores produções de suspense ou horror dos últimos tempos. Monstros fajutos, assassinos mascarados e adolescentes acéfalos gritando por qualquer coisa já não assustavam mais na época, mas o sucesso de O Sexto Sentido dois anos antes deu sinal verde para a realização de Os Outros (2001). O que esses dois filmes têm em comum? Ambos mexem com o subconsciente do espectador, porém, com óticas diferentes. Se explicitar o que causa medo já não tem mais efeito, porque não tentar o contrário? Assim o cineasta e roteirista chileno fez muita gente roer as unhas apostando em ruídos, silêncios, fatos inexplicáveis e no mais velho truque para causar temor: o escuro.  

sexta-feira, 20 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - O NEVOEIRO

Stephen King é praticamente uma grife cinematográfica. Muitas de suas obras, geralmente ficções ligadas aos gêneros terror e suspense, já foram adaptadas para as telonas, mas nem sempre de forma bem sucedidas. Febre literária nos anos 80 e 90, várias obras do autor também causaram frisson ao serem transformadas em filmes, principalmente ao chamarem a atenção dos comitês de premiações que não deixaram passar despercebidas as estréias de Um Sonho de Liberdade e A Espera de um Milagre, trabalhos com veias dramáticas. Todavia, nos últimos anos King não tem tido sorte ao ceder os direitos de seus livros para produtoras de cinema e até a mídia já está mais fria em relação ao seu nome. Sendo assim, um bom projeto com seu nome nos créditos praticamente passou em brancas nuvens. O Nevoeiro (2007) é um filme B com pedigree. Frank Darabont, o responsável pelas adaptações dos dois aclamados dramas do escritor, desta vez recorreu a um conto que foi publicado no Brasil há décadas atrás no livro “Tripulação de Esqueletos” e arrancou elogios dos poucos que assistiram. Mas sempre há tempo para corrigir injustiças. Bem, nem sempre como fica comprovada na surpreendente conclusão deste suspense que termina melhor que o próprio livro que o originou.                                                                              

quinta-feira, 19 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - O SOL DE CADA MANHÃ

No Brasil estamos acostumados a acompanhar a previsão do tempo nos telejornais sendo apresentadas por mulheres bonitas e com um sorriso estampado no rosto. Bem, esse já seria um ponto a ser estranhado em O Sol de Cada Manhã (2005), afinal o protagonista é um homem que tem sucesso justamente nesta atividade. O segundo ponto contra seria o fato do intérprete deste cara ser Nicolas Cage que um dia já foi um nome quente em Hollywood, mas há tempos tem atuado em produções irregulares ou simplesmente obsoletas. Contudo vale a pena dar um voto de confiança ao ator. Este filme historicamente já faz parte do momento de crise profissional dele, porém, ao mesmo tempo significa um lampejo de salubridade em sua carreira. Acostumado a trabalhar em projetos de ação cheios de efeitos especiais e barulhos, Cage se entrega neste caso a um filme simplório e de certo modo intimista, uma proveitosa mistura de drama com certa dose de humor e crítica à cultura americana e que tem potencial para envolver as platéias que gostam de boas histórias que lidam com situações cotidianas. Uma dica de filme que combina muito bem com o clima frio do inverno.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - GÊNIO INDOMÁVEL

Os gênios incompreendidos sempre intrigaram a ciência e fascinaram cineastas que enxergaram em diversas histórias verídicas um material fértil para ser transformado em filmes. Curiosamente, um dos trabalhos mais lembrados do tipo nasceu das mentes de dois jovens completamente sadios, mas que se achavam verdadeiros peixes fora d’água no mundo em que viviam. Os hoje mundialmente famosos Matt Damon e Ben Affleck já se conheciam desde a infância e batalharam paralelamente pelos seus espaços no mundo do cinema, mas até meados dos anos 90 só recebiam convites para produções convencionais e na maioria das vezes nas quais os jovens eram retratados de modo estereotipado ou debochado. Juntos eles resolveram criar o próprio roteiro dos sonhos, onde teriam a chance de retratar a geração a qual pertenciam de maneira mais realista, uma turma que tem sonhos, dúvidas, raiva, amor e inteligência, mas que nem sempre encontra apoio para mostrar seus talentos ou ser o que gostaria. O destino ajudou e os escritos chegaram às mãos do ator Robin Williams que fez a ponte para transformar o sonho dos dois rapazes em realidade. Assim começou a trajetória de sucesso de Gênio Indomável (1997), longa que enfrentou com bravura a pressão do Titanic nas principais premiações do período chegando a ser apontado como um forte candidato as principais categorias do Oscar.

terça-feira, 17 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - SOBRE MENINOS E LOBOS

Um filme que trabalha com temas espinhosos como assassinato, pedofilia e traição e que deseja manter a tensão em alta do início ao fim precisa obrigatoriamente conter tiroteios, sangue, cenas fortes, muito palavrão e quem sabe o ato corajoso de colocar um ator-mirim para dar mais credibilidade ao assunto do abuso sexual infantil. Bem, essa é a receita básica dos diretores que se aventuram no mundo do suspense, mas quem tem um currículo repleto de sucessos com certeza procura de todas as formas fugir do lugar comum e surpreender às avessas. Investindo em uma excepcional mescla dos gêneros drama e policial, Clint Eastwood construiu Sobre Meninos e Lobos (2003), um dos filmes mais comentados da temporada de premiações de 2004 sem precisar chocar o público com imagens, mas sim com um roteiro forte e interpretações idem. Lançado em uma época em que o cinema estava no auge da invasão de magos, duendes e outras criaturas fantásticas, obviamente este trabalho não fez fortuna e até hoje muitos não tiveram coragem em assisti-lo. Não é a toa que a carga pesada de sentimentos contida no enredo seja a grande marca desta obra, agindo de forma negativa e ao mesmo tempo positiva para a vida útil do mesmo. De qualquer jeito, este é um daqueles títulos que ficam martelando em nossa cabeça até que arriscamos a sobreviver a esta imersão triste e angustiante proporcionada por um filme reflexivo e relativamente de difícil digestão.  

segunda-feira, 16 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - OS DESCENDENTES

Todos os anos ao menos uma produção pequena e que possivelmente passaria pelos cinemas em brancas nuvens é acolhida pela alta temporada das premiações e ganha um gás em sua campanha de divulgação. Ter George Clooney como protagonista é um bônus a mais em Os Descendentes (2011), mas o que chama a atenção em seus créditos é o nome Alexander Payne, diretor e roteirista que ainda pode vir a ser conhecido como uma grife cinematográfica tal qual Woody Allen ou os irmãos Coen. Este profissional teve uma ascensão rápida na carreira, embora em pouco mais de uma década tenha se envolvido em apenas quatro projetos. Para ele vale mais qualidade que quantidade. Seu nome ganhou a atenção dos holofotes timidamente com a pequena projeção que tiveram A Eleição e As Confissões de Schmidt, mas ganhou brilho quando Sideways – Entre Umas e Outras conquistou indicações importantes para o Oscar, embora muitos considerem que os críticos ficaram embriagados com a tal viagem etílica proporcionada pelo cineasta. Na realidade, enquanto muitos quebram a cabeça buscando a fama através do emprego cada vez maior de tecnologias nas filmagens, Payne segue o caminho inverso. Minimalista e emotivo, histórias e personagens são suas matérias-primas e talvez esses sejam também os empecilhos de seus projetos que acabam encontrando injustamente resistência por certa parte do público que ainda liga a idéia de prêmios apenas as superproduções.

domingo, 15 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - OS PRODUTORES

Os musicais ressurgiram com fôlego renovado nos anos 2000 e o público foi apresentado a um novo estilo do gênero que une as características tradicionais a certas inovações. Tivemos o amor cantado em prosa e verso de Moulin Rouge, a crítica e o sarcasmo implícito de Chicago e Hairspray e ainda o apelo popular das canções famosas e nostálgicas que embalam Mamma Mia!. A dica neste domingo é dar um pouco de atenção a um representante da categoria que tem toda a pompa e requinte necessários para agradar aos fãs cativos do gênero e novos espectadores, mas que infelizmente não fez o sucesso esperado. Os Produtores (2005) é a refilmagem de Primavera Para Hitler, uma comédia dos anos 60 dirigida por Mel Brooks e vencedora do Oscar de roteiro original. Bem, a produção assinada por Susan Stroman foi bastante elogiada e concorreu a alguns prêmios, mas foi totalmente desprezada pela Academia de Cinema e consequentemente pelo público que preferiu ir ao cinema ver os longas oscarizáveis da temporada. Uma pena, mas uma falha que felizmente pode ser corrigida nestas férias caso ainda não tenham assistido. E mesmo quem já viu poderá se divertir novamente.

sábado, 14 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - CONTÁGIO

Hollywood já destruiu o mundo através de catástrofes naturais, invasões alienígenas, choque entre a Terra e gigantescos meteoros, eventos inexplicáveis e até conseguiu imaginar a extinção da humanidade em um futuro bem distante quando o Sol se apagar definitivamente. O apocalipse também pode vir através das ações e reações desmedidas dos seres humanos e é isso que nos mostra Contágio um suspense que bebe na fonte das guerras epidemiológicas, um tema que foi bastante usado entre os anos 80 e 90, épocas em que a ciência e a medicina conseguiram grandes avanços no combate de doenças que eram fatais, mas em contrapartida novos vírus e bactérias surgiram para aterrorizar a população mundial. Quem já está na casa dos vinte anos hoje em dia certamente lembra, por exemplo, o pânico que foi causado pela descoberta do vírus Ebola e os produtores americanos correram para lançar filmes medíocres a toque de caixa explorando o filão, o que colaborou para que esse tipo de produção fosse tachada de trash e sobrevivesse no mercado de vídeo apenas. Até hoje uma ou outra bomba é lançada diretamente em DVD, mas felizmente ainda há mentes brilhantes no cinemão ianque que podem dar um sopro de vida aos gêneros combalidos.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA

O programa oficial de qualquer sexta-feira 13 é curtir um bom filme de terror e a dica de hoje é um trabalho que não é excepcional, mas também está longe de ser o lixo que a crítica tratou de propagar, mas fazer o quê se a própria distribuidora tratou de manchar a imagem do seu produto postergando sua estréia no Brasil pro quase dois anos. O Massacre da Serra Elétrica (2003) é uma refilmagem que ao mesmo tempo em que é um caça-níquel também presta uma homenagem e não mancha a imagem da obra original lançada em meados dos anos 70, um dos filmes de terror mais viscerais de todos os tempos. O produtor Michael Bay, especialista em lançar blockbusters, bateu o pé até conseguir fazer um remake digno da produção homônima assinada por Tobe Hooper. Antes, ao menos outros dois títulos tentaram lucrar em cima do assassino Leatherface (cara de couro), inclusive uma dirigida pelo próprio Hooper se divertindo tirando um sarro do próprio trabalho que criou investido no estilo trash.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - O MENINO DO PIJAMA LISTRADO

Ser piegas é um grande problema no mundo do cinema e mesmo quando um filme não termina com um felizes para sempre não escapa de ser criticado negativamente de abusar dos clichês em sua narrativa. É curioso observar a repulsa que sofreu O Menino do Pijama Listrado (2008) quando estreou. O diretor e roteirista Mark Herman, de Hope Springs – Um Lugar Para Sonhar, adaptou o best-seller homônimo de John Boyne com o desafio de equilibrar a emoção e a crueldade contidas nas páginas do livro e conseguiu um resultado para partir os corações até dos mais insensíveis e deve ser neste objetivo que encontramos as explicações para seu relativo fracasso. Para o espectador de fim de semana, sair do cinema entristecido é coisa para metidos a intelectual e estes, por sua vez, colocaram expectativas demais em cima das adaptações literárias e se geralmente se decepcionam. É sempre bom lembrar que quando lemos um livro criamos a nossa própria visão da história em nossa mente, mas quando os escritos se tornam imagens reais estamos acompanhando a versão sonhada por um diretor que também não realiza tudo da forma como deseja tendo que adequar seu projeto a questões de orçamento, publicidade, produção entre outras coisas. Todavia, Herman concluiu um belo trabalho que ainda muitos precisam tomar coragem para encarar e outros devem rever para esclarecer certos pontos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - ANTES DE PARTIR

É curioso como alguns filmes conseguem equilibrar perfeitamente humor e drama na mesma receita. Mais curioso ainda é terminar de assistir a uma obra que no fundo é triste e ainda assim se sentir com o espírito elevado. É no significado dos velhos clichês do viva a vida intensamente ou de aproveite cada dia como se fosse o último que está o segredo do sucesso de Antes de Partir (2007), longa que não ganhou prêmios e teve uma passagem modesta nos cinemas, mas que acabou se tornando um título grandioso conforme o tempo passou daqueles cujo nome está sempre na ponta da língua quando se deseja indicar um bom programa no aconchego do lar. O diretor Rob Reiner já trazia em seu currículo outro trabalho que se tornou um clássico entre populares, Conta Comigo, e que guarda certas semelhanças com esta produção protagonizada por Jack Nicholson e Morgan Freeman. Em ambos ele trabalha com as temáticas da amizade e da morte e consegue uma excelente mistura entre diversão e reflexão.

terça-feira, 10 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA

O cinema sempre encontrou na vida de artistas plásticos uma rica fonte de inspiração, afinal são vários os casos de pintores que viveram de forma excêntrica, embebidos em um clima boêmio, sofrendo decepções amorosas ou com doenças e até mesmo tendo uma morte um tanto dolorosa ou curiosa. A dica de hoje é nessa linha, mas guarda certas particularidades que a destacam. Moça com Brinco de Pérola (2003) recria a vida, ainda que enfocando determinado período, do pintor holandês Johannes Vermeer a partir de uma de suas obras que dá título ao filme. Ele não é um dos mais famosos artistas da área, aliás, pouco conhecido ao menos no Brasil, mas essa ausência de informação torna a experiência de assistir esta produção ainda mais interessante.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - JAMES E O PÊSSEGO GIGANTE

Quando falamos em animação em stop-motion logo nos lembramos dos famosos A Noiva Cadáver e A Fuga das Galinhas e até do sombrio O Estranho Mundo de Jack, mas poucos conhecem James e o Pêssego Gigante (1996), uma bela animação utilizando esta antiga e eficiente técnica que foi lançada pela Walt Disney que já considerava a obra como o novo Toy Story. O filme foi lançado cerca de um ano depois da aventura dos brinquedos e era aguardada com ansiedade pelos executivos da empresa, mas acabaram se decepcionando. Fracasso nas bilheterias, o longa não recuperou sua saúde financeira e prestígio nem mesmo com as vendas de fitas VHS e DVDs. Bem, realmente seria difícil dispensar a atenção com um produto como este quando os desenhos computadorizados com seus personagens cheios de energia e piadas na ponta da língua tomam conta do mercado. Mas sempre é tempo de corrigir as injustiças.

domingo, 8 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - AUSTRÁLIA

Quando temos bastante tempo livre é a melhor oportunidade para finalmente criarmos coragem para assistir aqueles tão comentados épicos do passado. E o Vento Levou, Casablanca, Gandhi, O Último Imperador e tantos outros certamente ainda constam na lista de filmes que um dia muitas pessoas desejam assistir, mas não precisamos fazer uma sessão de choque e mergulhar fundo no baú cinematográfico. Existem algumas produções de época mais recentes que merecem uma avaliação melhor por parte do público e que podem dar o empurrãozinho que faltava para encorajar os cinéfilos que ainda preterem obras com mais de duas horas de duração. O Senhor dos Anéis e Titanic são dois exemplos de filmes classificados como épicos, mas, convenhamos, eles praticamente já fazem parte da cultura mundial e até mesmo nos confins do mundo alguém deve ter pelo menos noção do que eles representam. A dica hoje é assistir Austrália (2008), um grandioso e requintado trabalho que foi achincalhado pela crítica e consequentemente pelo público. Se nas salas de cinema ele não foi um estouro, no conforto do lar com o controle remoto em mãos para algumas paradinhas de descanso o longa pode funcionar melhor e provar que tem seu valor, embora com ressalvas. 

sábado, 7 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - O PREÇO DO AMANHÃ

A expressão tempo é dinheiro ganhou uma boa representação cinematográfica pelas mãos do diretor e roteirista Andrew Niccol. A dica neste sábado é ver a sua visão de futuro em O Preço do Amanhã (2011), uma eficiente mistura de ação e suspense que de quebra nos faz refletir sobre como serão as coisas daqui alguns anos. Apesar da embalagem high tech, a produção se baseia em uma antiga ambição humana: a imortalidade ou até mesmo a juventude eterna. Já está em pauta entre pesquisadores, sociólogos, cientistas, políticos, enfim em praticamente todos os setores da sociedade como ficará o mundo com uma superpopulação, afinal estamos vivendo em uma época em que os idosos estão vivendo mais e muitas doenças foram erradicadas graças aos esforços dos campos medicinais. Com menos mortes e muitos nascimentos diariamente, existe a preocupação se haverá possibilidades de oferecer condições de vida dignas a tantas pessoas. Neste longa tais assuntos podem ser pinçados pelo espectador para serem pensados mais tarde, mas no momento em que se está assistindo o grande tema destacado é a ganância e o sentimento de superioridade.  

sexta-feira, 6 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - UM OLHAR DO PARAÍSO

Um diretor de cinema pode escolher entre dois caminhos para definir seu trajeto profissional. Pode optar por trabalhar com um ou dois gêneros constantes, criar uma legião de fãs e marcar seu estilo ou atirar para tudo quanto é lado, ganhar seu dinheirinho e viver no anonimato. Porém, alguns profissionais de trás das câmeras conseguem transitar bem nos mais variados tipos de filmes, mas o problema é quando o público petrifica uma imagem deles e passa a repudiar qualquer “pulada de cerca”. Esse mal está sendo vivido por Peter Jackson que virou um nome quente em hollywood após o sucesso da saga O Senhor dos Anéis, assim tornando-se um sinônimo de megaproduções e efeitos especiais de ponta. Pouca gente sabe que ele começou sua carreira de forma modesta, apostando inclusive no trash, e ganhou certo prestígio com o drama Almas Gêmeas muito antes de enveredar pela fantasia, mas é certo que a recepção pouco calorosa de Um Olhar do Paraíso (2009) tem a ver com a expectativa que seu nome em um projeto gera. Nestas férias uma boa dica é rever esta obra ou assistir pela primeira vez, mas procurando focar atenção na história e não no currículo do diretor.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - A DAMA DE FERRO

Poderia uma interpretação excepcional salvar um filme ou simplesmente ela se mostrar muito maior que a produção em si? É um equívoco uma grande atuação em um longa parcial e irregular? Nesta quinta-feira a dica é tirar suas próprias conclusões a respeito de A Dama de Ferro (2011), um polêmico trabalho que enfoca a trajetória política e pessoal da ex-primeira ministra britânica Margareth Thatcher, uma das mulheres mais importantes na História política mundial. Críticos do mundo todo se demonstraram pouco receptivos ao longa chamando-o de medíocre, fraco, tolo, mentiroso, manipulador, entre outras tantas coisas nada amistosas. Unanimidade mesmo somente foi o consenso de que mais uma vez a atriz Meryl Streep deu um banho de talento e competência interpretando a ilustre personalidade e merecidamente foi laureada na maioria das premiações da temporada. Ela bateu seu próprio recorde de indicações ao Oscar chegando a nomeação de numero 17 e surpreendeu conquistando sua terceira estatueta dourada quando todos, inclusive a própria atriz, acreditavam que só era questão de tempo para a Academia de Cinema lhe oferecer um troféu pelo conjunto da obra. Felizmente, os membros votantes ainda têm um ou outro momento de lucidez e premia quem realmente merece sem pensar na matemática absurda das vezes que um candidato foi indicado ou sagrou-se vencedor.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - AMOR A TODA PROVA

O gênero da comédia se divide em diversos subgêneros. Temos as produções de humor adolescentes, as românticas, as inteligentes, as de piadas momentâneas e mais um monte de categorias menores que comumente não são catalogadas. Nos últimos anos tem se tornado corriqueiras as comédias dos homens de meia-idade, lembrando que nos anos 90 as mulheres na idade da menopausa também tiveram seu momento de brilhar no campo humorístico tendo como principais representantes Bette Midler e Diane Keaton. Atualmente, Steve Carell é o grande nome masculino dessa vertente cômica e tem acumulado grandes sucessos na área desde que despontou tardiamente em O Virgem de 40 Anos. Cada vez mais experiente na função do cara maduro que precisa urgentemente de uma companheira, o ator mostra mais uma vez seu talento em Amor a Toda Prova (2011).

terça-feira, 3 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - A.I. - INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Existem filmes que demoram anos para serem lançados não pelo motivo de problemas com a produção, mas simplesmente pelo capricho de seus realizadores na ânsia de criarem um marco cinematográfico. Stanley Kubrick é responsável por obras emblemáticas como Laranja Mecânica e passava até mesmo anos trabalhando em cima de um mesmo projeto até que o considerasse perfeito, mas não viveu para ver sua última criação sair do papel. Já Steven Spielberg se acostumou a lançar filmes em curtos espaços de tempo com produções complicadas alternando com obras mais simplórias, assim agradando as platéias que só querem se divertir e aquelas que desejam um produto com mais conteúdo e de quebra mantendo seu nome em evidência constantemente. Era um sonho de ambos um dia poderem dividir os créditos de uma mesma produção, mas o falecimento de Kubrick jogou o projeto no limbo. Ou melhor, por pouco isso mesmo aconteceu. Como forma de homenagear o colega, o homem que tornou real as imagens de alienígenas e até ressuscitou os dinossauros assumiu as rédeas de A.I. – Inteligência Artificial (2001), um longa que dividiu e ainda divide as opiniões de especialistas e do público.  

segunda-feira, 2 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - AS HORAS

Existem produções que participam do Oscar e que marcam mesmo sem ter arrebatado os votantes da Academia de Cinema. Detentor apenas do prêmio de Melhor Atriz, dado à Nicole Kidman, o filme As Horas (2002) é uma das grandes atrações que ao longo da história participaram desta festa, mas que acabaram não recebendo o devido valor. Tudo bem, o páreo na época era duro, mas o fato de até o roteiro ter sido ignorado é um fato inexplicável. Baseado na obra homônima do escritor Michael Cunningham, a história adaptada por David Hare e dirigida por Stephen Daldry, de Billy Elliot, felizmente foi reconhecida em outras premiações. Desenvolvido em três épocas distintas, mas ainda assim mantendo elementos entre si que permitem narrativas paralelas e fragmentadas, o longa é poesia pura não só em seus diálogos, mas também em suas belíssimas cenas.

domingo, 1 de julho de 2012

FESTIVAL DE FÉRIAS - O CASTELO ANIMADO

Você já não aguenta mais a mais a metralhadora de piadas e referências e os personagens hiperativos que compõem a maioria das animações atuais? O traço perfeitinho e as cores fortes também não te impressionam mais? Prepare-se, a temporada de desenhos quase idênticos nos cinemas está aberta, mas você pode fazer um programa diferente em casa mesmo alugando ou comprando O Castelo Animado (2004), mais um trabalho sofisticado, inteligente e ao mesmo tempo de uma simplicidade ímpar de Hayao Miyazaki, o responsável pelo também aclamado A Viagem de Chihiro. Aliás, ambos os filmes guardam semelhanças visuais inegáveis, mas isso não é um problema. É sempre um prazer acompanhar uma bela narrativa contada através de imagens de encher os olhos e personagens fantásticos que diferem totalmente do maçante estilo de animação que impera atualmente. Não que tais produtos sejam ruins, pelo contrário, existem vários primorosos, mais já chegamos a um ponto que até os temas se repetem ou alguém já se esqueceu da coqueluche que foram os desenhos cuja ambientação era o fundo do mar? Para não puxar a sardinha totalmente para o lado oriental do assunto, é preciso destacar que o filme aqui indicado guarda semelhanças com o enredo de A Bela e a Fera que apesar de ser um clássico literário teve sua fama imortalizada pela Disney.

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