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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ESQUECERAM DE... ONDAS DO DESTINO

O cineasta dinamarquês Lars von Trier sempre que lança um filme gera polêmicas, críticas negativas ou elogios rasgados. Um fato curioso é que quando suas obras são lançadas em DVD elas se tornam cults e pouco tempo depois somem do mercado, virando objetos de sonhos de consumo de muitos cinéfilos. Foi assim com Dançando no Escuro, Dogville, Manderlay e Anticristo. O seu estilo é marcante por não fazer concessões e nem pensar em fins lucrativos, pelo menos não em um primeiro momento. Seus trabalhos geralmente expõem uma figura feminina incompreendida em destaque em meio a um ambiente onde os aspectos negativos do ser humano são realçados como mensagens diretas ou indiretas ao próprio espectador, que pode se ofender, não compreender ou encher a boca para dizer que amou um filme que não entendeu absolutamente nada. Confuso, agressivo, melancólico ou louco, o cinema de Trier é único e seu nome é um dos mais cultuados recente da história da sétima arte. O que pouca gente sabe é que o diretor também realizou uma obra nesse moldes que teve seu reconhecimento em sua época, mas que ficou esquecida nos tempos das fitas VHS. Ondas do Destino (1996) só pelo título já vende a idéia de um belo drama com toques de romance, mas é uma produção longe de ser piegas ou feita para agradar multidões. Muito pelo contrário.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

INSANIDADE ESTAMPADA NO ROSTO


Depois que O Exorcista foi lançado em meados dos anos 70, parecia que o ápice do gênero terror havia chegado e que nada mais poderia causar tanto impacto e calafrios. Porém, sempre há uma mente criativa de plantão tentando surpreender e quem sabe tomar tal status para si.  O cineasta Stanley Kubrick, figura célebre da história do cinema, teve sua carreira marcada por obras de diferentes estilos, mas sempre com um perfeccionismo impressionante. Depois de sair dos EUA e realizar alguns trabalhos importantes na Inglaterra, ele inovou e optou por uma temática que até então não fazia parte de sua filmografia: o suspense sobrenatural. A iniciativa gerou controvérsias que persistem até hoje. O Iluminado (1980) foi criticado por especialistas e público e até o próprio autor do livro no qual a história se baseia, Stephen King, duvidava da capacidade do diretor em adaptar a obra. O fato é que tanto o livro quanto o filme despertam reações negativas e positivas, mas em uma visão geral, ambos conseguiram reconhecimento como grandes obras com o passar dos anos. A produção acabou inaugurando uma nova vertente ao cinema de horror que agradou aqueles que já naqueles tempos não aguentavam mais os já batidos clichês do gênero. O roteiro nos apresenta a Jack Torrance, um dos personagens mais famosos de Jack Nicholson. Durante um rigoroso inverno, ele é contratado para ser vigia de um hotel que fica inativo durante a temporada e leva junto sua esposa (Shelley Duvall) e seu filho (Danny Lloyd). O isolamento total acaba se tornando um martírio para essas três pessoas. Aos poucos, acontecimentos inexplicáveis começam a ocorrer e tirar o sossego da família, principalmente quando o garoto passa a ter visões assombrosas com pessoas que também passaram pela experiência de ficarem isolados naquele local e o pai de família passa a agir de modo completamente estranho e agressivo.

domingo, 28 de agosto de 2011

BLOGCINE AGORA COM ÍNDICE DE CONTEÚDO


Agora o Blogcine tem uma novidade para que os leitores possam acessar com mais facilidade as suas principais editorias. Através de guias agrupadas de forma simples e bem visíveis é possível encontrar todos os links para os textos das seções descritas abaixo.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

JULIANNE MOORE, TALENTO E EMOÇÃO A FLOR DA PELE


Existem atores que conseguem transitar muito bem entre o cinema comercial e o mais artístico e ainda seus nomes se tornam sinônimo de qualidade e excelência. Alguns levam essa fama muito a sério e acabam se dedicando a projetos para públicos muito restritos, mas outros têm a sorte de receberem convites tanto para trabalhos que podem ter características mais alternativas quanto para aqueles que têm atrativos para interessar grandes platéias. Julianne Moore é uma das atrizes que conseguem se equilibrar muito bem nessa corda bamba cinematográfica. Muito versátil, sua filmografia inclui comédias, romances, dramas, suspenses e muitos dramas, principalmente nos primeiros anos deste novo milênio período em que vem se dedicando a interpretar mulheres fortes e com conflitos psicológicos ou familiares. A cada novo trabalho ela se supera, até mesmo nos mais simples, e nos faz acreditar sem sombra de dúvidas em suas criações que transbordam emoção, principalmente quando seus olhos expressam todos seus sentimentos sem precisar mencionar uma única palavra. Não é a toa que é uma das intérpretes mais respeitadas e requisitadas atualmente.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

ESQUECERAM DE... VATEL - UM BANQUETE PARA O REI

A história do cinema é marcada por obras que não só enchem os olhos do espectador por apresentar belas imagens, mas algumas também podem dar água na boca e abrir o apetite, tanto é que já existem até publicações e sites dedicados a divulgar os filmes em que as comidas e as refeições não servem apenas como pano de fundo ou adorno, mas assumem posições de coadjuvantes ou até podem se tornar protagonistas do enredo. Com guloseimas e mesas fartas, algumas produções assumem o caráter gastronômico e a direção de arte capricha para criar um visual delicioso e aconchegante. A primeira vista, um cenário requintado é o que nos oferece Vatel - Um Banquete Para o Rei (2000), mas esta obra infelizmente raríssima tem muito mais a nos oferecer do que simplesmente aguçar nosso paladar. Baseando-se em fatos reais da nobreza ocorridos há séculos, o cineasta Roland Joffé construiu um filme que, apesar de ser de época, traz pontos relevantes e contemporâneos, como a busca pela excelência para obter aprovação e sucesso e temas como honra e caráter. Para degustar todo este enredo, basta provar do recheio e não apenas provar a cobertura.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O CURIOSO CASO DE MAX SCHRECK


Os filmes sobre vampiros fazem sucesso desde os primórdios da sétima arte, tempo em que o cinema era mudo ou era exibido com o acompanhamento de música instrumental ao vivo. Estas criaturas noturnas já ganharam diversas variações e facetas com o passar dos tempos. Sedutores, maquiavélicos, sanguinários, engraçados, tímidos, depressivos ou românticos. Tudo quanto é comportamento já foi incorporado à história dos dentuços em comédias, dramas e principalmente suspenses e terror. Até versões femininas do tipo "rainha dos vampiros" já tivemos. Algumas dessas encarnações ficam muito famosas e só de batermos os olhos já identificamos quem é como no caso da foto acima. Quem é cinéfilo ou pelo menos já teve curiosidade de conhecer um pouco sobre os primeiros anos da atividade cinematográfica certamente reconhece este homem. O ator Max Schreck fez uma personificação tão assustadora de um vampiro na década de 20, tanto no visual quanto no comportamental, que diversas de suas cenas permanecem até hoje vivas no imaginário coletivo, mesmo sendo uma produção sem áudio. Se você acha que este homem caracterizado com perfeição é o protagonista do clássico do expressionismo alemão Nosferatu está enganado. Este é Willem Dafoe caracterizado como o ator do passado, claro que com certa dose de exagero para reforçar a imagem excêntrica e curiosa que impressionava todos no set de filmagem a ponto de acharem que ele realmente era um mordedor de pescoços. Tal lenda é a base de A Sombra do Vampiro, um trabalho do ano 2000 dirigido por E. Elias Merhige que leva o espectador em uma verdadeira viagem no tempo e nos transporta para os bastidores da famosa obra de F. W. Murnau, interpretado nesta homenagem pelo grande John Malkovich, que se mostra tão monstruoso em suas intenções de buscar o sucesso quanto o próprio monstro.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

EM CARTAZ... MOTOQUEIRO FANTASMA 2


Nicolas Cage não anda com a carreira em alta. Com vários projetos fracassados nas bilheterias e malhados pela crítica, o ator está precisando urgentemente de um trabalho relevante em seu currículo. A esperança pode ser Motoqueiro Fantasma 2 que teve seu primeiro pôster divulgado. Não é uma arte que você bate o olho e já sabe do que se trata, como no caso dos filmes do Batman ou Homem-Aranha. Uma corrente pegando fogo não diz muita coisa sobre a produção, mas é bem intrigante A história se passa nove anos após os episódios do primeiro filme, com o herói escondido na região do leste europeu, onde vive isolado até ser obrigado a agir para salvar um menino. A produção só vai estrear em fevereiro tanto nos EUA quanto no Brasil, mas pode haver alterações. Já é previsto também que haverá a disponibilidade da versão 3D nos cinemas.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

TERRENCE MALICK E SUA OBRA-PRIMA MODERNA

Filmes que participam ou vencem festivais já chegam aos cinemas com uma bela propaganda e com um público cheio de expectativas. Quando há um elenco e diretor de peso e o apoio da mídia, principalmente da internet, a ansiedade pelo que está por vir é ainda maior. Recentemente tal movimento de divulgação ocorreu com Melancolia, de Lars von Trier. Agora, os holofotes estão voltados para Terrence Malick e o seu A Árvore da Vida (2011), um título poético para uma obra que destaca a contemplação. O enredo trata da relação entre pai e filho de uma família comum ao longo dos séculos, desde o Big Bang até o fim dos tempos. Assim, o diretor narra uma grande viagem pela história da vida e tenta desvendar seus mistérios ao mesmo tempo em que liga esses temas ao viés familiar mostrando os efeitos da natureza e da fé sobre um grupo de pessoas e sem se preocupar com a época em que a ação se desenvolve. Cada cena pode representar um período. Para alguns, esta narrativa é uma chatice só ou uma criação de algum maluco. Para outros, um verdadeiro espetáculo. Há aqueles que devem esbravejar que odiaram, assim como outros vão encher a boca para dizer que é o melhor filme que já assistiram. Uma coisa é certa: visualmente ninguém pode dizer que se decepcionou. Esse já é um passo para considerar este um dos melhores lançamentos dos últimos tempos, isso para quem é apreciador de um bom cinema.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

VEM AÍ... DEU A LOUCA NA CHAPEUZINHO 2


Depois que Shrek fez sucesso brincando com os contos de fadas, virou moda fazer isso. Assim foi lançado em 2006 Deu a Louca na Chapeuzinho, uma bem humorada nova versão para o conto da menina que vai visitar a avó e acaba tendo problemas com um lobo malvado. Com piadas montadas em cima de uma trama com toques policiais, o desenho fez relativo sucesso e agora ganha sua sequência que acaba de ter sua estréia antecipada nos cinemas brasileiros. O lançamento de Deu a Louca na Chapeuzinho 2 será no início de setembro, pouco mais de um mês antes da data anteriormente selecionada. A troca deve ser proposital para evitar que a produção perca público para outros concorrentes que certamente estrearão próximo ao Dia das Crianças. Na trama, Chapeuzinho Vermelho, agora adolescente, leva uma vida tranquila ao lado das misteriosas Irmãs de Capuz, mas um dia ela é convocada pela agência Felizes para Sempre para tentar descobrir o que aconteceu com João e Maria que estão desaparecidos. Surpreendentemente, ao seu lado nesta investigação está ninguém menos que o lobo mau.

MEIRELLES LANÇA FILME EM TORONTO


Depois do sucesso internacional de Cidade de Deus, o diretor Fernando Meirelles, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Diretor pela produção, engatou uma carreira no exterior. Já dirigiu elenco internacional em O Jardineiro Fiel e Ensaio Sobre a Cegueira. Agora ele está prestes a lançar 360, seu mais novo longa, já selecionado para exibição no Festival de Toronto 2011, evento que costuma lançar alguns dos títulos que podem vir a concorrer os principais prêmios do ano seguinte. Baseado na peça teatral "La Ronde", de Arthur Schnitzler, o filme foi rondado em vários países e conta com um elenco internacional de peso. Rachel Weisz, Anthony Hopkins, Jude Law e Ben Foster são algumas das estrelas. Os brasileiros Maria Flor e Juliano Cazarré, muitos conhecidos pelos trabalhos de TV "Aline" e "Insensato Coração", respectivamente. A produção ainda não tem data de estréia em nenhum lugar, mas dependendo do que ocorrer em Toronto, o longa pode estrear entre até o final do ano nos EUA para tentar disputar vagas no Oscar.

PARA BRAD PITT, TALENTO EM PRIMEIRO LUGAR


Ser bonito já é um grande passo para a fama. Bem, isso não deixa de ser verdade, mas para quem não tem talento, nem mesmo sendo eternamente jovem ajudaria a manter seu nome em evidência. Muitos artistas de cinema surgiram com muita publicidade, tiveram seus quinze minutos de fama e depois sumiram do mapa. Muitos oriundos do mundo das passarelas e das propagandas, eles sofrem um bocado com críticas negativas e precisam provar que tem talento, mas as vezes nem esquentam lugar. Com o astro Brad Pitt não foi diferente. Considerado um dos homens mais bonitos do mundo, seu início no cinema foi calcado em seus atributos físicos e sua carreira poderia ter se encerrado em pouquíssimo tempo, mas ele teve cabeça e foi em busca de desafios para provar que não era só mais um rostinho bonito querendo faturar sem se esforçar.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ESQUECERAM DE... CASSIOPÉIA

Toy Story foi o primeiro longa de animação feito inteiramente com avançadas técnicas de computação. Bem, na prática sim, mas na teoria não. Como a maior parte dos brasileiros desconhece a história do cinema nacional, nem deve se dar conta que vez ou outra um desenho daqui mesmo do nosso país é lançado. Sabe menos ainda que por um triz o Brasil não carregou o honroso título que a Disney/Pixar acabou levando. Sim, isso mesmo. Usando tecnologia, mesmo sendo softwares e máquinas que já não eram de ponta, e com muito esforço de trabalho e para captar recursos, o diretor e roteirista Clóvis Vieira realizou a aventura espacial Cassiopéia (1995), que na época já não foi um sucesso, muito por conta do preconceito e desconfiança que na época cercava nossa produção cinematográfica, e hoje é lembrada apenas por alguns poucos cinéfilos ou amantes do gênero.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

NOS TEMPOS DO SUPER-8

Há um clima de nostalgia no ar. Além dos clássicos personagens de quadrinhos continuarem ganhando as telas, como Capitão América e Lanterna Verde, Os Smurfs ressurgirem em grande estilo e muitas refilmagens estarem engatilhadas, como A Hora do Espanto e Footloose, agora está em cartaz Super-8 (2011), uma aventura fantasiosa que nos remete a grandes produções infanto-juvenis dos anos 80 e com um pé no passado desde seu título, uma referência a uma modelo antigo de câmera. Muitos cineastas usavam o aparelho na infância e adolescência para fazer filmes caseiros, inclusive Steven Spielberg e J, J, Abrams, produtor e diretor deste filme respectivamente. Aliás, esta obra é cheia de homenagens ao homem por trás de E.T - O Extraterrestre, o que confere um atrativo a mais para chamar a atenção dos adultos que certamente vão curtir reconhecer as referências e influências de outros títulos.

EM CARTAZ... DEUS DA CARNIFICINA


Foi divulgado o cartaz americano de Deus da Carnificina, filme dirigido por Roman Polanski, de O Pianista. O pôster destaca a mudança de espírito dos protagonistas ao longo da história, apresentando três imagens de Kate Winslet, John C. Reilly, Jodie Foster e Christoph Waltz. O longa retrata dois casais que se encontram para conversar sobre uma briga entre os filhos. Inicialmente eles tentam conduzir a conversa com civilidade, mas aos poucos a situação sai do controle. A ação se passa em Nova York, mas as filmagens ocorreram em Paris devido ao impedimento do cineasta de entrar em solo americano por conta de problemas com a justiça. O filme, de apenas 79 minutos, é a adaptação de uma peça teatral de Yasmina Reza que fez sucesso na Broadway, na Europa e também no Brasil, onde foi encenada em 2010 com Júlia Lemmertz, Paulo Betti, Deborah Evelyn e Orã Figueiredo. A obra já foi selecionada para entrar na competição pelo Leão de Ouro no próximo Festival de Veneza. Nos EUA, a estréia será na primeira quinzena de dezembro. Para o Brasil ainda não há data para lançamento.

UMA NOVA IMAGEM PARA UM MITO


Sempre quando se fala em múmia automaticamente lembramos de um ser desengonçado enrolado em bandagens e faixas brancas que só sabe gemer. Bem, essa imagem foi muito vendida em desenhos animados e em produções no melhor estilo terrir. As coisas mudaram em 1999 através de um mega sucesso do diretor Stephen Sommers. Ele literalmente reinventou a imagem das temidas figuras egípcias que ressuscitam dos sarcófagos em A Múmia, uma divertida aventura estrelada por Brendan Fraser na pele do explorador Rick O´Connel, uma espécie de Indiana Jones, mas com uma dose extra de bom humor e sarcasmo. A história se passa na década de 20, quando um grupo de arqueologistas descobre uma tumba na cidade perdida de Hamunaptra e dentro está o corpo de um homem que foi severamente punido por se relacionar com a mulher do faraó. Seu castigo foi ser mumificado ainda vivo e ter seu corpo devorado por escaravelhos. Porém, antes da descoberta da múmia, só a nova área para exploração já havia aguçado o interesse de muita gente. Alguns apenas por ganância, acreditando na lenda de um tesouro escondido e muito bem protegido por uma maldição, e outros vão por puro prazer em fazer descobertas sobre a história antiga do Egito. Rachel Weisz interpreta uma especialista no assunto e vai acompanhar o grupo de expedição e balançar o coração de O´Connel, o líder da caravana. Apesar de inteligente, a moça é atrapalhada e curiosa e acaba lendo palavras de um livro que ressuscitam a enfurecida múmia que deseja ressuscitar seu grande amor do passado e se vingar de todos que estão contra a sua libertação do mundo dos mortos.

UMA LONGA VIAGEM VENCE O FESTIVAL DE GRAMADO

O ator Caio Blat e a diretora Lúcia Murat sairam do Festival de
Gramado vencedores por Uma Longa Viagem

No último sábado, dia 13/08, foi encerrada a 39º edição do tradicional Festival de Gramado, uma das premiações de cinema mais famosas do Brasil. Criticada por praticar preços exorbitantes para as sessões, este ano o público foi abaixo do esperado e a festa ainda luta para recuperar sua identidade perdida. Nos anos 80, era a glória para os cineastas e artistas brasileiros. No início da década de 90, com o quase falecimento da produção cinematográfica nacional, foi preciso abrir espaço para os estrangeiros que surgiram em peso, o que descaracterizou muito o projeto.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O APOCALIPSE SEGUNDO LARS VON TRIER

Toda vez que um trabalho do cineasta Lars von Trier está sendo lançado gera expectativas e polêmicas e isso começa meses antes de sua estréia. Foi assim com Dançando no Escuro, Dogville, Anticristo e agora novamente com Melancolia (2011). Após a polêmica coletiva de imprensa que concedeu no Festival de Cannes, que resultou na expulsão do diretor do evento e nem o próprio elenco do longa concordou com suas declarações a respeito do nazismo, a obra correu o risco de ficar marcada por causa do episódio. Porém, este seu novo filme promete passar uma borracha nos mal entendidos do passado. Deve fazer muito sucesso no circuito de cinema alternativo e depois virar um produto cultuado por cinéfilos que certamente o procurarão nas locadoras e lojas especializadas, assim como existe demanda pelo restante da filmografia do dinamarquês, mas infelizmente ela não é correspondida devido a dificuldade em encontrar os DVDs.

SANDRA BULLOCK, A MISS SIMPATIA DO CINEMA


Ela é uma das queridinhas de Hollywood e seu bom humor e carisma também a transformaram em uma das atrizes mais amadas do mundo todo. Especialista em fazer o público rir, ela não tem medo de enfrentar desafios quando é chamada para filmes de ação ou suspense e sentiu o gostinho do prestígio da crítica quando aceitou um papel sério em um drama. Sandra Bullock é um dos nomes mais quentes do cinema americano já há vários anos e conta com uma extensa filmografia na qual predominam as comédias e romances, o seu território seguro. Sinônimo de filmes família ou típicos para agradáveis sessões da tarde na TV, ela vez ou outra se arrisca em algum outro gênero, mas não abandona a sua veia humorística de forma alguma.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ESQUECERAM DE... O HOMEM DAS ESTRELAS

Giuseppe Tornatore é um italiano que gosta de exaltar sua terra natal, mas não deixou se inebriar totalmente pelo tom da regionalidade e se envolveu em projetos com temas universais e sempre que pode demonstra seu amor pelo cinema de forma implícita ou escancaradamente explícita. O resultado é que seu nome é famoso no mundo todo, apesar de uma filmografia irregular com altos e baixos, mas tudo leva a crer que daqui alguns anos qualquer trabalho seu será tratado como uma verdadeira preciosidade. Curiosamente, algumas de suas obras permanecem inéditas em DVD, como por exemplo O Homem das Estrelas (1995), um filme de muito requinte e bom gosto vencedor do Grande Prêmio Especial do Júri do Festival de Veneza, uma honra que o torna marcante, mas inexplicavelmente esquecido por grande parte do público.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

OS SMURFS ESTÃO DE VOLTA

Os grandes personagens do passado do cinema, da TV e dos quadrinhos vêm frequentando cada vez mais as telas grandes nos últimos anos e já não é nenhuma novidade se deparar com as novas gerações curtindo as mesmas atrações que seus pais idolatravam quando eram crianças ou adolescentes. A bola da vez são criaturas pequeninas e de coloração azulada que fizeram a alegria de muito guri na década de 80. Os Smurfs (2011) chega aos cinemas com muito tempo de atraso em relação a sua fase áurea. De origem européia, o desenho criado pelo belga Peyo no final dos anos 50 era simplório em seu visual e ingênuo em suas histórias e durante um bom tempo foi uma das atrações mais aguardadas do extinto "Xou da Xuxa" e se destacava em meio a enxurrada de produções da Hannah-Barbera que eram exibidas dentro do programa. O desinteresse chegou quando as animações americanas baseadas em gibis e jogos de vídeo game passaram a chamar mais a atenção com seu colorido extremo e ritmo ágil. Uma pena. Agora, o lançamento do longa metragem tenta resgatar a imagem dos personagens diretamente do fundo do baú televisivo para uma sobrevida na modernidade.

O FIM DE UMA DÉCADA DE MAGIA

A partir do ano de 2001, a história do cinema foi marcada por uma sucessão de filmes que uniam mistério, aventura e drama, mas que deixavam a fantasia falar mais alto. Porém, essas produções não eram pensadas exclusivamente para o público infantil, mas também para agradar aos adultos. O resultado foram dezenas de títulos que juntos renderam milhões nas bilheterias, no mercado de DVD e na venda de bugigangas, além de levar os fãs de volta as livrarias em busca das obras que originaram os longas metragens. Essa movimentação financeira e cultural que os mundos imaginários promoveram ao chegar nas telas do mundo todo não é nenhuma novidade, muitas outras obras fizeram o mesmo no passado, mas a última década intensificou essa corrente e a saga do bruxinho Harry Potter deu o ponta pé inicial. Agora com Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 (2011) um ciclo termina ou pode ganhar sobrevida se alguém conseguir encontrar alguma coleção de livros que propicie o mesmo retorno que as publicações da autora J. K. Rowling.

LÁGRIMAS DE DESESPERO


Durante o segundo semestre de 1999, um certo filme despertou a curiosidade do mundo inteiro através de uma engenhosa proposta de marketing aliada a uma história vendida como verídica e com potencial para fazer as platéias roerem as unhas de tanta tensão. O enredo é facilmente descrito em poucas palavras logo no início da fita : em outubro de 1994, três estudantes entraram nas florestas de Burkittsville, nos EUA, para filmar um documentário sobre a lenda de uma bruxa e jamais foram vistos novamente, apenas um ano depois as imagens dos vídeos gravados por eles foram encontradas. A partir desses registros documentais, Daniel Myrick e Eduardo Sanchez escreveram, dirigiram e montaram uma das mais perturbadoras e enganosas obras de terror de todos os tempos. Sim é isso mesmo. A Bruxa de Blair é um título que merece elogios por trazer realismo e o estilo documentário para as grandes platéias e conseguir invadir as salas de cinema dos shoppings, além de merecer cumprimentos pela sua eficiente campanha de lançamento. O adjetivo enganoso fica por conta da cara de bobo que milhões de pessoas fizeram ao saber que tudo aquilo que aguardaram tanto para assistir era puro cinema escapista, nada daquilo era verdade. Dos males o menor. A quantidade de sustos e o clima ímpar de suspense e sufocamento da produção compensam tudo. Na realidade, a dupla de diretores alinhavou cenas e construiu um texto com alguma linha de lógica graças ao empenho de seu elenco amador, com quem deveriam dividir os créditos pelos trabalhos de produção. O trio de atores recebeu aulas para aprender a manusear uma câmera e então foi levado para ficar alguns dias na floresta. Privados de sono e alimento e sem saber onde estavam os protagonistas eram observados a distância pela produção que ficava escondida no meio da floresta. Tudo foi feito para que as filmagens parecessem o mais próximo da realidade. As falas eram improvisadas durante o dia e os ruídos, gritos e objetos de feitiçaria eram forjados sem prévio aviso para arrancar expressões de sustos verossímeis. Nunca os atores sabiam o que poderia acontecer no dia seguinte ou até mesmo na próxima hora.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

JACK NICHOLSON, UM HOMEM, UMA LENDA


Com seu sorriso cínico e predileção em compor tipos totalmente diferentes, talvez ninguém acreditasse que o astro de filmes B da década de 60 se tornaria um dos maiores atores que Hollywood já teve e o recordista em indicações ao Oscar entre os homens. Jack Nicholson,é um artista muito carismático e talentoso que vem abrilhantando a história do cinema há várias décadas com interpretações inspiradas e marcantes, mas é claro que não escapou de dar alguns escorregões ao aceitar convites desnecessários, como viver um dono de um canil em O Cão de Guarda (1992) ou desaparecer em meio as loucuras do diretor Tim Burton em Marte Ataca! (1996). É certo que mesmo quando o personagem não é tão interessante ou é secundário, como na comédia Como Você Sabe (2010), ele não passa despercebido e seu nome estampado em um cartaz ou na capa de um DVD chama a atenção.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ESQUECERAM DE... FALANDO DE SEXO

Lançado primeiramente em festivais, onde a princípio as comédias parecem ser pouco apreciadas, Falando de Sexo (2001) acabou ganhando o status, sem querer, de raridade cult. A fita é um dos poucos casos de obra que permaneceu inédita no circuito comercial do mundo todo por mais de dois anos. No Brasil, a espera foi ainda maior e mesmo quando lançada tudo foi feito de forma modesta e hoje são poucos os que conhecem esta divertida história. O diretor John McNaughton construiu uma narrativa que usa um tema comum em comédias, um casal em crise, temperou com um clima de erotismo sem precisar exibir cenas constrangedoras e ainda introduziu personagens coadjuvantes tão interessantes quanto os protagonistas.

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