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quinta-feira, 7 de julho de 2011

JIM CARREY DOS RISOS ÀS LÁGRIMAS


Ele sempre teve o dom de fazer as pessoas gargalharem, inclusive sem falar ou fazer movimento algum. Basta seu rosto aparecer na tela e os risos estão garantidos. Com uma elasticidade corporal e facial impressionantes, ele estrelou dezenas de comédias, mas provou que não é só isso que sabe fazer. Tornou-se uma figura respeitável também ao se aventurar nas produções dramáticas e até flertou com o suspense. Assim é Jim Carrey, um dos atores mais admirados em todo o mundo e, apesar de muita gente não gostar de suas performances, é inegável que ele é muito talentoso e não tem medo de se expor. Até quando aparece como ele próprio, o bom humor e as piadas o acompanham na bagagem.

Nascido em numa pequena localidade próxima a Toronto, Carrey desde criança já demonstrava interesse pela comédia chegando a participar de um show de humor na época. A sua naturalidade em provocar o riso nos outros levou seus professores do colégio a incentivarem este dom. Todos os dias, um pouco antes do final das aulas, o jovem fazia rápidas encenações cômicas, no estilo das populares stand-up comedys, para os seus colegas de classe. Quando seus pais, Percy e Kathleen, foram obrigados a se mudar para uma região suburbana, as coisas estavam difíceis para a família e ele foi obrigado a trabalhar diariamente como segurança e faxineiro em uma fábrica. A situação chegou ao limite quando eles foram obrigados a ir morar em uma barraca improvisada no quintal da casa de uma das tias de Carrey. Nesse período, o jovem aposentou temporariamente o riso até que foi aceito, ainda adolescente, para fazer apresentações humorísticas em bares e clubes que abriram as portas para que surgissem pontas em alguns filmes um tanto obscuros, mas ainda assim ele já dava os primeiros passos da carreira cinematográfica.

O primeiro convite para cinema com um papel de peso ocorreu em 1985. Em Procura-se Rapaz Virgem ele interpreta um adolescente virgem que é perseguido por uma vampira de 400 anos, assim já exercitando sua veia cômica. Seguiram-se então participações em filmes de pouca repercussão, até que uma década depois o sucesso bateu em sua porta. O ano de 1994 foi inesquecível para Carey, quando finalmente ele emplacou três grandes sucessos. Ele se deu bem ao dar viva ao papel principal de Ace Ventura - Um Detetive Diferente (1984) e quando dividiu os créditos com Jeff Daniels em Débi e Lóide - Dois Idiotas em Apuros. Os longas foram verdadeiros êxitos comerciais, mas não de críticas. A imprensa só foi mais generosa quando foi lançado O Máskara, uma comédia na qual o já elástico rosto do ator ganhou o reforço de avançados recursos de efeitos de computação que transformaram sua face em mil e umas novas facetas como se ela fose de borracha. Muitos acham sua interpretação no longa extremamente exagerada, mas os elogios aos efeitos especiais tratam de amenizar a situação.

Marcado pelo seu estilo caricato, surgiu um ano depois o convite para viver o vilão Charada em Batman Eternamente. Bem, o filme todo foi duramente criticado por destoar completamente dos dois longas anteriores da franquia, mas não há como negar que é Carrey quem segura o rojão. Pouco tempo depois, a continuação de seu primeiro grande sucesso, Ace Ventura 2 - Um Maluco na África, também em 1995, tratou de dar uma bela engordada em sua conta bancária. O fracasso de O Pentelho (1996) e a boa recepção de O Mentiroso (1997) serviram para mostrar ao astro que ele não tem o toque de Midas e que nem todo projeto que tocasse renderia fortunas ou elogios. Sua carreira sempre alternou momentos de altos e baixos, mas na época ele já era uma figura ilustre para o público jovem e já era figurinha fácil nas premiações da MTV americana.



Um homem dividido em dois

Com a carreira estabelecida e já confiando no poder do seu nome, era hora de se arriscar por outros caminhos. Assim, em 1998, o ator surpreendeu o mundo com uma inspirada e contida atuação em O Show de Truman - O Show da Vida, no papel de um homem que vive dentro de um reality show sem perceber. Muito elogiado nesta produção, Carrey ganhou diversos prêmios, mas o Oscar o esnobou e sequer o presenteou com uma indicação. O mesmo ocorreu no ano seguinte com o seu bom desempenho em O Mundo de Andy, a cinebiografia de Andy Kaufman, um humorista que foi muito famoso em solo norte-americano, e que exigiu muito do ator, mas novamente a Academia de Cinema o ignorou.

Outras atuações dramáticas que renderam muitos elogios foram em Cine Majestic (2001), no papel de um rapaz desmemoriado que acaba sendo acolhido por toda uma cidade que o confunde com um morador há anos desaparecidos, e em Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (2004), vivendo um homem que decepcionado com o comportamento da mulher que ama decide fazer uma espécie de lavagem cerebral para esquecer das memórias de tudo que viveu junto com ela. Em 2007, fez sua primeira incursão no mundo do suspense no intrigante Número 23, mas parece que o público estranhou a mudança de ares.

Apesar de explorar outros campos cinematográficos, Carrey jamais abandonou as comédias entre uma e outra nova experiência. Em 2000, experimentou mais uma vez o humor escrachado dos irmãos Farrely em Eu, Eu Mesmo e Irene vivendo dois personagens que dividem o mesmo corpo e trabalhou com o conceituado Ron Howard no já clássico natalino O Grinch, onde atuou embaixo de uma maquiagem e figurino muito pesados, mas ainda assim suas caras e bocas denunciavam que era ele. Seu visual em Desventuras em Série (2004) na pele de um ambicioso e sinistro homem que deseja a fortuna dos sobrinhos também é bem chamativo.

Dividido entre fazer o público rir e emocioná-lo, a ator continua também dividindo opiniões. Mesmo se arriscando em papéis mais sérios, ainda há quem resista a elogiar ao menos um de seus trabalhos. Pelo menos ele pode sempre contar com o apoio das platéias infantis que comparecem em peso nas salas de cinemas e alugam e compram os seus filmes toda vez que vêem seu nome estampado em um cartaz ou suas manjadas caretas. A animação Os Fantasmas de Scrooge (2009), em que emprestou seus movimentos e feições a um velho rabugento, e a comédia Os Pinguins do Papai (2011), mais uma vez envolvido com os animais, reforçam a atenção que o astro dispensa aos pequenos. Enfim, seja no humor ou no drama, sob caracterização elaborada ou de cara limpa, Carrey é inconfundível e deixa transparecer a cada novo trabalho a sua alegria em trabalhar com o que mais gosta: divertir ou emocionar seu público.

Um comentário:

Rafael W. disse...

Adoro Jim Carrey, sempre me faz rir.

http://cinelupinha.blogspot.com/

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