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quinta-feira, 16 de junho de 2011

JULIA ROBERTS, UMA MULHER DE TALENTO



Ela é sinônimo de sucesso, possui um currículo diversificado e dificilmente seus filmes passam em brancas nuvens. Julia Roberts é um nome forte e um chamariz irresistível para o público. Filha de um casal de professores de arte dramática, ela deixou ainda na adolescência a pequena cidade de Smyma no subúrbio de Atlanta nos EUA. Na época, a jovem foi morar com a irmã Lisa, também atriz, e assistiu muitos espetáculos na Broadway. Crescendo em ambientes onde a dramaturgia estava sempre presente, seria muito difícil escapar de seguir esse caminho na vida profissional.

Batizada como Julie Fiona Roberts, ela precisou usar um pseudônimo durante o início da carreira, pois já havia uma Julie Roberts registrada na atividade. Sua estréia foi em um filme para TV, Crime Story (1986), mas não demorou para as lentes de cinema serem seduzidas pela beleza e talento da moça. Seu irmão, o também ator Eric Roberts, convenceu o diretor Eric Masterson a dar a ela um papel no drama Sangue da Terra (1988) e no mesmo ano ganhou um papel importante em No Amor e no Rock. A repercussão desses dois trabalhos a levou a conquistar um papel de destaque em Três Mulheres, Três Amores (1988) onde conseguiu o retorno positivo tanto do público quanto da crítica vivendo uma portuguesa que trabalha como garçonete em uma pizzaria. Esse personagem a levou a concorrer no Independent Spirit Awards, a primeira indicação da sua carreira a um prêmio.

Julia foi premiada duas vezes seguidas no Globo de Ouro, em um período glorioso para sua vida profissional. Venceu como coadjuvante fazendo o papel da filha da personagem de Sally Field em Flores de Aço (1989), uma moça que decide levar adiante uma gravidez de risco, e foi premiada como Melhor Atriz por Uma Linda Mulher (1990) onde interpretou uma garota de programa que acaba se apaixonando por seu cliente. A personagem ainda lhe rendeu uma indicação ao Oscar. A história que poderia causar repúdio nas platéias foi um estrondoso sucesso e transformou a moça em uma mega estrela. Foi quando ela passou a fazer mais exigências, escolher melhor seus projetos e a engordar sua conta bancária.

Bem, escolher os projetos ela própria ou algum agente não deu muito certo nos anos seguintes. Julia se envolveu em produções de diversos estilos e não se deu bem. Apesar de ter sido dirigida pelo cultuado cineasta Robert Altman em pontas luxuosas nos longas O Jogador (1993) e Prêt-à-Porter (1994) e ter sido protagonista do comentado O Dossiê Pelicano (1993), a atriz participou de filmes modestos e outros pretensiosos que não renderam o esperado como Dormindo com o Inimigo (1991), Tudo por Amor (1991), O Segredo de Mary Reilly (1996) e Michael Collins – O Preço da Liberdade (1996), mas o considerado pior de todos deste período é Hook – A Volta do Capitão Gancho (1991) onde interpretou, por incrível que pareça, a fada Sininho. Nessa produção, dizem que a estrela exigiu um tratamento diferenciado ao dado aos demais atores. Como atuava com os pés descalços, entre as tantas regalias que pediu, também exigiu uma pessoa exclusivamente para lavar seus pés.

Em 1997, os refletores voltaram a iluminar a carreira de Julia com o bem sucedido O Casamento do Meu Melhor Amigo onde interpretou uma moça que descobre estar apaixonada por seu amigo de longa data às vésperas do casamento do rapaz. No ano seguinte, teve seu brilho um pouco encoberto pelo talento de Susan Sarandon no drama Lado a Lado no qual faz uma mulher tentando ser a melhor madrasta do mundo, mas enfrentando a concorrência da ex-mulher de seu marido. Para não correr riscos de passar por uma outra maré de azar, a atriz em 1999 estrelou duas comédias românticas que foram campeões de bilheterias: Um Lugar Chamado Notting Hill e Noiva em Fuga. Na primeira, ela é uma atriz que se apaixona por um homem comum, mas sua fama atrapalha o relacionamento, e na segunda, como o título já diz, é uma mulher que foge sempre do altar.


Pisando no freio

Já rotulada como a grande estrela do cinema americano, ela não poderia ficar sem um Oscar na estante. Em 2000, Julia protagonizou Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento no papel de uma ativista lutando para vencer em um processo a favor do meio ambiente. Dirigida pelo cineasta Steven Soderbergh, ela repetiu a dose em Onze Homens e Um Segredo (2001) e em sua sequência, Doze Homens e Outro Segredo (2004).

Nos últimos anos, Julia não tem aparecido muito nas telas, apesar de trabalhos respeitáveis como Confissões de Uma Mente Perigosa (2002) e Closer - Perto Demais (2004). Devido ao casamento e os cuidados com os filhos gêmeos, a atriz chegou a dizer que abandonaria a carreira para se dedicar a família. Se arrependeu do que disse, mas diminuiu bastante seu ritmo de trabalho.

Para não abandonar de vez o cinema, passou a trabalhar com dublagens de animações. Emprestou a voz, por exemplo, para a aranha Charlotte da história clássica de A Menina e o Porquinho (2006). Em 2010, ganhou destaque na mídia ao protagonizar Comer, Rezar, Amar, voltando aos romances e em boa forma vivendo uma mulher que resolve repensar sua vida fazendo algumas viagens inspiradoras. Sua nova empreitada deve causar alvoroço: será a Rainha Má em uma nova versão com atores do clássico conto infantil da Branca de Neve. No mínimo, Julia despertará a curiosidade de muita gente. Fracasso ou não, seu nome estará a salvo com certeza.

3 comentários:

renatocinema disse...

Gosto de Julia Roberts, principalmente em Closer.

Falar dela em Uma linda Mulher é sacanagem...atuação mais perfeita que vi numa comédia romântica.

Parabéns pela homenagem.

Rafael W. disse...

Julia Roberts é ótima. Além de ótima atriz, ela esbanja carisma. Sua melhor atuação é em Closer na minha opnião, mas em Uma Linda Mulher ela também está ótima, assim como no recente Comer, Rezar. Amar.

http://cinelupinha.blogspot.com/

Luís disse...

Eu gosto bastante de Julia Roberts. Honestamente, é uma das atrizes contemporâneas que mais me cativam, principalmente por saber dosar bem as suas interpretações, além de ter uma risada ótima!

Ela está linda em Pretty Woman, está igualmente eficiente em Erin Brokovich (no qual, para constar, ela dá vida a uma ativista, não a uma advogada) e penso que a diversidade de filmes dos quais ela participa só serve pra mostrar a versatilidade dela, seja em papéis cômicos ou dramáticos. O que dizer dela em Closer? Como não se apaixonar pela sua espontaneidade em "Um Segredo Entre Nós"? Eu gosto muito dela, mesmo.

Gostei do seu texto, vale a pena para conhecer um pouquinho mais dessa atriz.

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