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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

PARA BRAD PITT, TALENTO EM PRIMEIRO LUGAR


Ser bonito já é um grande passo para a fama. Bem, isso não deixa de ser verdade, mas para quem não tem talento, nem mesmo sendo eternamente jovem ajudaria a manter seu nome em evidência. Muitos artistas de cinema surgiram com muita publicidade, tiveram seus quinze minutos de fama e depois sumiram do mapa. Muitos oriundos do mundo das passarelas e das propagandas, eles sofrem um bocado com críticas negativas e precisam provar que tem talento, mas as vezes nem esquentam lugar. Com o astro Brad Pitt não foi diferente. Considerado um dos homens mais bonitos do mundo, seu início no cinema foi calcado em seus atributos físicos e sua carreira poderia ter se encerrado em pouquíssimo tempo, mas ele teve cabeça e foi em busca de desafios para provar que não era só mais um rostinho bonito querendo faturar sem se esforçar.

William Bradley Pitt nasceu em Oklahoma em 18 de Dezembro de 1963, mas foi criado em Springfield, onde cursou Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Sempre se destacando em atividades esportivas, debates, musicais e, principalmente, em representações teatrais, ele teve a ousadia de largar a faculdade faltando apenas duas semanas para sua formatura. Mudou-se para a Califórnia com idéia fixa de se tornar uma estrela do cinema, mas como tantas outras estrelas seu início não foi muito fácil. Teve trabalhos simples, como atendente em lanchonete fast-food, mas em 1987 já dava as caras em, produções de cinema menores e em participações especiais na TV.

Seu nome só passou a ser conhecido e idolatrado após um golpe de sorte. Sua primeira grande chance veio em Thelma e Louise (1991). Ele foi escolhido para substituir William Baldwin que declinou do convite para se envolver em outro projeto e deve ter se arrependido amargamente. A produção chegou a concorrer em algumas categorias do Oscar e foi um grande sucesso, o que ajudou a divulgar o nome de Pitt e chamar a atenção do ator e diretor Robert Redford, que o chamou para viver um jovem simples do campo em Nada é Para Sempre (1992), filme que de uma vez por todas elevou o jovem loiro e olhos claros ao estrelato. No mesmo ano, ele ainda dividiria a cena com Kim Basinger em Mundo Proibido, mistura de filme e desenho animado voltado para os adultos, mas que não foi nenhum marco, até porque a junção da realidade e do virtual já havia sido usada com maestria anos antes e o roteiro também não é dos melhores.

O estigma de bom moço e lapidado para ser o heróis de romances felizmente não fez a cabeça de Pitt. Depois de Lendas da Paixão (1994), um drama sobre conflitos familiares desencadeados por uma jovem sedutora, passou a se dedicar a projetos mais audaciosos e outros alternativos. Ele já havia experimentado viver um personagem desequilibrado e violento em Kalifórina (1993) e as críticas favoráveis certamente o incentivaram a se ligar ao filme Entrevista com o Vampiro (1994), no qual vive um rapaz que narra a um repórter toda a sua trajetória para se adaptar a vida de vampiro. O longa foi muito polêmico na época, devido certa dose de erotismo na história, e foi uma briga de forças nos bastidores. Dividindo a cena com Tom Cruise e tendo como coadjuvante Christian Slater, na época em boa fase da carreira, era muitos astros para estampar o cartaz. Mas Pitt se destacou.

As indicações relevantes a prêmios vieram com a ficção Os Doze Macacos (1995), onde novamente interpretou um homem desequilibrado e que cria o tal grupo que dá título a obra. Pelo papel ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante e concorreu ao Oscar na mesma categoria. No mesmo ano participou de um dos filmes mais bem sucedidos do gênero suspense de todos os tempos. Em Seven - Os Sete Crimes Captais ele vive um jovem policial no encalço de um serial killer que comete suas atrocidades baseando-se nos sete pecados capitais. Neste filme ele iniciou uma amizade produtiva com o diretor David Fincher. A parceria ainda rendeu o cultuado Clube da Luta (1999), onde vive um vendedor de sabonete que acaba se envolvendo em brigas como forma de uma excêntrica terapia, e O Curioso Caso de Benjamin Button, no qual trabalhou grande parte do tempo com muita maquiagem para interpretar um homem que nasceu com aspecto envelhecido e conforme os anos passavam mais jovem ficava, ao contrário de todos aqueles que ele conheceu durante sua vida. O papel lhe rendeu muitos elogios e indicações a prêmios, inclusive sua segunda candidatura ao Oscar.


Bons diretores

David Fincher não é o único cultuado diretor com quem Pitt teve a honra de trabalhar. Ele teve a sorte grande de ser dirigido por grandes nomes, como o francês Jean-Jacques Annaud que o escolheu para protagonizar o drama Sete Anos no Tibet (1997), onde vive um famoso alpinista que só pensava em si mesmo, mas que tem sua vida transformada ao passar uma longa temporada na mítica terra do título. Depois Guy Ritchie o convidou para estrelar Snatch - Porcos e Diamantes (2000), um excêntrico suspense com visual kitsch no qual interpretou um pugilista de origem cigana.

No ano seguinte, o diretor Steven Soderbergh iniciou uma trinca de sucesso e colocou Pitt ao lado de um grande elenco de estrelas para contar histórias de roubos e picaretagens. Assim, o ator marcou presença em Onze Homens e Um Segredo (2001), refilmagem do filme homônimo dos anos 60, Doze Homens e Outro Segredo (2004), obra cujo texto ficou bem abaixo de seu original, e em Treze Homens e Um Novo Segredo (2007), uma reunião de astros para um trabalho bacaninha, como se fosse uma festa de amigos comemorando o final de um ciclo.

Outros grandes cineastas que deram oportunidade a Pitt foram Alejandro González-Iñárritu em Babel (2006), onde o ator viveu um americano sofrendo com uma tragédia ocorrida no Marrocos e que repercute em diversas partes do mundo, Quentin Tarantino em Bastardos Inglórios (2009), que o chamou para viver um tenente que comandaria um grupo de soldados de origem judaica para uma missão suicida, e os cultuados irmãos Ethan e Joel Coen que lhe ofereceram o papel de um professor de educação física com muita massa muscular e pouca encefálica na comédia Queime Depois de Ler (2008). A cereja do bolo veio com o convite do meticuloso Terrence Malick para a odisséia familiar influenciada por efeitos da natureza e da fé intitulada A Árvore da Vida (2011). Como o diretor é conhecido por trabalhos produzidos com muita cautela e precisão e geralmente arrancam elogios da crítica e por sua filmografia ser bem curta e com longos hiatos, ganhar um papel em uma obra sua é uma grande honra com a qual muitos intérpretes sonham.

Entre um fracasso aqui, como o gângster que fez em A Mexicana (2001), e um bem sucedido blockbuster acolá, como o histórico personagem que viveu em Tróia (2004), Pitt também emprestou sua voz a algumas animações como Sinbad – A Lenda dos Sete Mares (2003) e Megamente (2010). Em 2011 foi a vez de fazer a dublagem de um dos bichinhos de Happy Feet 2.

Sucesso atrás de sucesso seja de crítica ou de bilheteria e poucos fracassos. Assim Pitt construiu uma brilhante carreira e sua vida pessoal também chamou a atenção da imprensa. Teve um famoso relacionamento com Gwyneth Paltrow nos anos 90, época em que ambos estavam se consolidando na carreira, e voltou a ser manchete dos tablóides quando houve o lançamento em 2005 de Sr. e Sra. Smith, no qual atua ao lado da esposa Angelina Jolie. Na época eles negavam os boatos de envolvimento, mas acabaram assumindo o romance e uma grande família, já que além dos filhos naturais eles também fizeram algumas adoções. Vira e mexe saem alguns boatos de brigas entre o casal, mas o fato é que essa união aparentemente deu certo e funcionou como um incentivo para que Pitt continue cada vez mais procurando bons papéis, pois mesmo com tantos anos de estrada ainda seu talento é posto em xeque.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi, Gulherme =) Eu não assisti muitos filmes com Brad Pitt, mas os poucos que vi foram suficiente pra perceber que esse ator tem talento. Ele é ótimo em cena. Bastante expressivo. Passa mesmo emoção. Quero assistir "A Árvore da Vida" pra conferir mais uma vez as atuações dele e do Sean Pean.

Bjs ;)

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