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sábado, 20 de novembro de 2010

TERROR DE FAZ-DE-CONTA


Há cerca de quatro décadas, o terror no cinema era mantido pelos monstros clássicos, como os vampiros. Aos poucos, eles passaram a dividir espaço com o mundo do além e psicopatas. A garota possuída pelo demônio de O Exorcista fez muita gente não conseguir dormir a noite e o vilão Mike Myers de Halloween chocou com seus atos cruéis. Até o grande astro Jack Nicholson fez suas maldades em celulóide. O Iluminado até hoje é considerado um dos filmes mais perturbadores de todos os tempos. Também merece destaque a série A Profecia, que também tinha como protagonista uma criança endemoniada.

Na década de 1980 e 1990, o mundo dos filmes de terror chegou ao seu ápice com bilheterias altíssimas e a ajuda do videocassete. Podendo alugar as fitas na videolocadora, o espectador ficava livre da censura imposta aos cinemas e a televisão. O terror era feito com elementos de faz-de-conta praticamente, sem levar muito a sério questões do mundo espiritual ou psicológico. O sangue estava livre para jorrar cena após cena para o deleite dos espectadores do gênero e as portas estavam abertas para a criação de personagens marcantes e que aterrorizaram toda uma geração. Nessa época, as franquias A Hora do Pesadelo e Sexta-feira 13 fizeram história. Seus vilões, Freddie Krueger e Jason, respectivamente, cativaram até mesmo o público infantil.
A Hora do Pesadelo: sucesso de terror dos anos 80
As fitas de VHS foram de fundamental importância nessa época para o desenvolvimento do gênero. Muitos produtos inclusive foram criados com o intuito de atender a demanda das locadoras por filmes de terror e suspense, não sendo lançados em cinema. Os adolescentes faziam a festa. Um dos programas prediletos dessa turma era juntar os amigos para assistir filmes de arrepiar nos fins de semana ou após as aulas.

Dessa mesma época, saíram ícones dos filmes de terror como A Hora do Espanto e a série Hellraiser. Um dos mais comentados até hoje é A Morte do Demônio, criação caseira do diretor Sam Raimi, bem antes de ele criar as aventuras do Homem-Aranha para o cinema. Misturando terror e um humor involuntário devido a precariedade da produção, o longa recebeu elogios e rendeu outras duas sequências.

Os Fantasmas se Divertem: sustos e risos

Os filmes com cadáveres saindo de suas tumbas e perambulando por cidades escuras e com adolescentes apavorados também marcaram esse período. Geralmente eles provocavam mais risos do que sustos, mas mesmo assim tinham um grande público assegurado. Aliás, alguns filmes da época investiram justamente na mistura de humor em maior concentração com um ambiente de dar arrepios. Beetlejuice, Os Fantasmas se Divertem marcou a carreira do diretor Tim Burton. Utilizando técnicas caseiras, como marionetes e maquetes, o resultado é cômico e criativo, mas mantém um clima sinistro. Também é lembrada até hoje a produção trash Elvira, A Rainha das Trevas, estrelando a apresentadora de filmes de terror da tv americana que fazia muito sucesso.

Lembrando desses filmes dá até vontade de voltar no tempo. Um tempo em que o terror causava sustos, mas mantinha um clima de fantasia ao mesmo tempo. E Hollywood já entrou no túnel do tempo. Deixando um pouco de lado os remakes dos filmes de terror oriundos do mundo oriental, agora a moda é resgatar as fórmulas de sucesso do passado. Sexta-feira 13, A Hora do Pesadelo e Halloween já ganharam novas versões, mas sem causar o mesmo impacto. Mas, com esses lançamentos, ficou mais fácil encontrar as séries originais desses filmes para locação ou venda. Muitos anos se passaram, mas a diversão e os sustos estão garantidos. Novas continuações devem estar a caminho, aguardem.

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