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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O OSCAR PREFERE A ATUALIDADE?


Guerra ao Terror foi o grande vencedor do ano passado, mas grande parte do público
não gostou e nem mesmo a distribuidora do filme levava muita fé na produção

Geralmente quando completa aniversários com datas redondas, tipo 80 anos, a festa do Oscar conta com homenagens aos vencedores do passado. Há alguns anos, foi exibido um pequeno filme com alguns momentos dos filmes que ganharam a estatueta de Melhor Filme. Analisando a lista é possível perceber o quanto a Academia de Cinema mudou seus conceitos nos últimos anos e o quanto os votantes estão moderninhos.

Para a principal categoria do prêmio, todos os membros da Academia podem votar e hoje em dia é nítido perceber que algo mudou. Muito provavelmente há uma nova geração de pessoas para votar, com idades bem inferiores e entusiastas do contemporâneo. Só assim para explicar como alguns filmes com todo jeitão de Oscar (aqueles que reúnem o maior número de qualidades artísticas e técnicas) perderam a tão cobiçada estatueta para obras que exploram a atualidade e mostram cenários reais e, muitas vezes, pouco interessantes.

A idéia do filme feito para ser premiado vem dos áureos tempos de Hollywood, quando os épicos e musicais reinavam nas premiações. Parece que ficou para trás o tempo que o Melhor Filme era aquele que visualmente era um deleite para os olhos, com belíssimos figurinos, cenários, fotografia... Não que filmes moderninhos não fossem premiados no passado. Muitos foram, mas hoje praticamente não são lembrados. Porém, nos últimos anos, as pomposas produções parecem ter perdido de vez espaço para os possíveis clássicos modernos.

Chicago é um dos poucos filmes dos últimos anos cuja trama se trama se passa
em décadas passadas que conseguiu ser eleito o Melhor Filme no Oscar
Após uma sequência de premiações às obras épicas, a última década foi iniciada com a exaltação a atualidade e a temas polêmicos. Nos últimos onze anos, apenas Gladiador (01) e Chicago (03) são representantes do gênero "filme para Oscar". Uma Mente Brilhante (02), apesar de ser uma história de décadas passadas, não causa impacto visual e nem é lembrado como uma produção de época, e O Senhor dos Anéis - O Retorno Rei (04), um dos recordistas em prêmios, onze no total, é uma produção fantasiosa e não se refere a um período específico da história. Os outros longas premiados nessa época analisada foram Beleza Americana (00), Crash - No limite (06), Onde os Fracos Não Têm Vez (08), Quem Quer Ser um Milionário? (09) e Guerra ao Terror (10), todos com pano de fundo atual.

Os outros longas premiados nas outras sete festas provocam opiniões distintas. Alguns juram de pés juntos que se tratam realmente dos melhores filmes já realizados. Para outros, não passam de bobagens que não há nada de especial para serem premiadas. E há também aqueles que deixam a suspeita no ar de que o prêmio foi de consolação, como o de Clint Eastwood por Menina de Ouro (05) e o de Martin Scorsese por Os Infiltrados (07), pois ambos os diretores já foram indicados diversas vezes e saíram da festa de mãos vazias.

Em 2011, há dez indicados e obviamente a maioria não tem chances de ganhar o troféu. A grande disputa fica com o cara de Oscar O Discurso do Rei e o super atual A Rede Social. As zebras da festa podem ser O Vencedor, que tem colhido elogios da crítica e conta com um excelente elenco, e Bravura Indômita, mais por causa da grife dos irmãos Coen. A resposta se vence a tradição ou a nova tendência só se saberá na noite de 27/02.

Um comentário:

spring disse...

Caro Guilherme
No ano passado a edição dos Oscars surpreendeu meio-mundo, veremos o que vai suceder este ano. Aqui em Portugal seguimos o evento duante a madrugada.
Abraço cinéfilo e Parabéns pelo blogue.
Rui Luís Lima

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