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terça-feira, 7 de junho de 2011

BRILHOS, CORES, MÚSICAS E SUCESSO



Em 2001 um marco cinematográfico chegava às telas de todo o mundo fazendo renascer um gênero já considerado sepultado há anos. Baz Luhrmann reinventou os musicais e entregou ao público uma obra ímpar aproveitando ao máximo os recursos sonoros e visuais disponíveis e com um toque irresistivelmente exagerado. Lançado primeiramente no Festival de Cannes, depois timidamente no circuito comercial americano, talvez nem os produtores imaginassem as proporções de sucesso que atingiria Moulin Rouge - Amor em Vermelho, uma empolgante mistura de cores, brilhos e luzes sem nunca apagar o talento dos atores Nicole Kidman e Ewan McGregor que soltaram a voz e dançaram ao som de músicas de estilo pop que ganharam novos arranjos instrumentais, além de outras criadas especialmente para o longa. Inspirado no mito de Orfeu, o músico grego que triunfou com sua canção sobre o mal, mas perdeu sua fé e seu amor para sempre, o filme nos apresenta à Christian (McGregor), um escritor que nunca sentiu o amor verdadeiramente, o que lhe causa um bloqueio criativo. Incentivado por uma trupe de artistas boêmios de Paris, como o artista plástico Toulouse Lautrec (John Leguizano), ele é levado a participar da vida social e cultural que gira em torno do Moulin Rouge, um famoso cabaré cuja grande estrela é a cortesã Satine (Nicole), por quem o rapaz se apaixona a primeira vista. Por uma confusão, o poeta acaba conseguindo um encontro com a bela dama da noite por quem se apaixona imediatamente e ela também demonstra ter se apaixonado. Porém, ela já está prometida a um milionário que em troca do casamento irá transformá-la em uma grande atriz e o cabaré em um grande e respeitado teatro.
A história assumidamente não é original e se sustenta em cima de um triângulo amoroso, mas a forma de narrar é que faz toda a diferença. Luhrmann não se preocupa em ousar e costura sua exaltação ao amor com momento cômicos que se alternam com outros extremamente dramáticos, até culminar em um dos finais mais arrebatadores que o cinema já viu. Poesia e arte puras da primeira a última cena. Entre os vários prêmios e indicações que obteve em diversas premiações e festivais mundo afora, esta luxuosa e colorida produção foi o primeiro musical em 23 anos a ser nomeado para o Oscar de Melhor Filme, mas ficou apenas com os troféus de figurino e direção de arte, merecidíssimos visto que cada peça de roupa, objeto ou cenário foi feito manualmente. Uma pena que a Academia de Cinema perdeu a oportunidade de celebrar o renascimento dos musicais, o grande gênero do passado na festa, apesar de que corrigiram no ano seguinte a gafe premiando outra obra desse estilo, Chicago. A cena acima destacada é apenas uma ilustração do que Moulin Rouge - Amor em Vermelho é, pois cada fotograma representa uma verdadeira obra de arte, um quadro a ser contemplado em seus mínimos detalhes e é quase impossível selecionar uma única cena que o represente completamente. Nesta em específico, a sequência musical é um verdadeiro sonho acompanhado de uma bela canção que embalou muitos romances fora das telas a até foi tocada em cerimônias de casamento. É muito bom ver que os anos passam, mas o brilhantismo deste show cinematográfico continua sendo perpetuado e conquistando novos fãs a cada dia. E viva o amor!... Em vermelho de preferência.

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